A eliminação precoce do Cruzeiro no campeonato Mineiro levantou dúvidas sobre a qualidade do elenco do técnico Antônio Jardim. Mesmo com os reforços que chegaram, a discussão sobre o aproveitamento das categorias de base do clube voltou à pauta.
No programa 98 FC desta quinta-feira (6/3), na rádio 98, os comentaristas Adroaldo Leal e Henrique Faria discutiram como o clube pode aproveitar melhor os talentos juvenis. Adroaldo relembrou nomes de diversos jogadores revelados pelo clube que renderam ou poderiam ter rendido expressivas cifras em negociações.
O setorista do Cruzeiro iniciou rebatendo a visão de que a base celeste não revela talentos. “Temos Mike, revelado pela base do Cruzeiro. Temos Murilo, revelado pela base do Cruzeiro. Temos Mauricio, revelado pela base do Cruzeiro. Temos o Estêvão ou Messinho, como queiram. E temos também o Vitor Roque”, listou.
Ele também lembrou de Thiago, jogador que, apesar de ter sido vaiado pela torcida em certo momento, foi vendido para o Brenford da Inglaterra por um valor significativo. “O Thiago foi pro Brenford da Inglaterra. Ele é o primeiro brasileiro e a maior contratação da história desse clube inglês”. A transação de Thiago teria girado em torno de 30 milhões de libras, aproximadamente R$ 12 milhões.
O comentarista enfatizou o impacto financeiro que a venda desses jogadores poderia ter tido nas finanças do Cruzeiro e ressaltou a perda de oportunidade do clube em capitalizar seus talentos da base. “Se você pega Thiago, você pega Estevan, você pega Víctor Roque, se você pega esses jogadores mais ou menos por aí, muito da dívida do Cruzeiro tava paga”, afirmou Adroaldo.
A discussão também abordou o processo de maturação dos jogadores e a importância de identificar o momento certo para lançá-los no time principal. Adroaldo citou o empréstimo de Joseph para o América como um exemplo positivo para o desenvolvimento do atleta. Ele também relembrou a decisão do técnico Luxemburgo em promover Vitor Roque, mesmo quando o jogador ainda estava no sub-20. “Sabe quem teve o culhão para subir e lançar? Sei, claro que eu sei. Ele Luxemburgo”, recordou.
Henrique Faria complementou destacando que: “talvez seja o diferencial ter o Pedro como é quem manda e ter essa visão de que a base hoje no futebol brasileiro é muito importante, porque quando a gente sai um pouco dessa visão só do mercado brasileiro, o futebol brasileiro hoje a posição dele é essa, é revelar jogador para conseguir fazer mais dinheiro e aí conseguir montar times mais fortes”.