Atlético e Cuiabá seguem com problemas judiciais pela compra do atacante Deyverson. O Galo foi intimado nesta quinta-feira (16/10) a apresentar, até o dia 27/10, o comprovante de pagamento da condenação pela dívida que tem com o Cuiabá. O valor devido é de R$ 4,7 milhões, além de R$ 228 mil referentes às custas processuais.
O imbróglio com o Cuiabá se arrasta desde 2024. Em agosto do ano passado, o Atlético comprou o atacante junto ao clube mato-grossense por R$ 4 milhões, a serem pagos em quatro parcelas: uma de R$ 500 mil, uma de R$ 1,5 milhão e duas de R$ 1 milhão. No entanto, apenas a primeira parcela foi quitada pelo Galo.
Em 17 de setembro de 2024, o Cuiabá notificou o Atlético extrajudicialmente sobre o atraso e concedeu um prazo de 20 dias para a quitação do pagamento. O prazo expirou em 7 de outubro, e o caso foi encaminhado à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).
Com a condenação, o Cuiabá exige que o pagamento seja feito de forma integral, sem parcelamento. Deyverson foi vendido pelo Atlético ao Fortaleza em janeiro deste ano.
Em entrevista exclusiva à Rede 98, Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, revelou que o Dourado chegou a tentar um acordo com o Atlético e que a falta de resolução do caso acabou obrigando o clube a recorrer a empréstimos para quitar outras pendências.
“Já houve algumas tentativas de acordo antes de a gente entrar na CNRD. Tem mais de um ano, mas não houve nenhuma conclusão em relação a isso. A gente tem tido que recorrer ao mercado financeiro, fazer empréstimos, pagar juros.”
Além disso, Cristiano criticou a postura do Galo e de outros clubes que devem ao Cuiabá. Além do Atlético, o time mato-grossense tem valores a receber de Corinthians, Santos e Grêmio.
“Esses clubes continuam gastando sem responsabilidade nenhuma, devendo a todo mundo e sem honrar seus compromissos. É uma situação séria, que o futebol brasileiro precisa rever.”
Em contato com a Rede 98, o Atlético afirmou que “o processo arbitral é sigiloso” e que “causa estranhamento o vazamento de informações e ordens processuais sigilosas”. O Galo também declarou que “se manifestará perante a CNRD no prazo legal”.