O atacante Rony não deve mais atuar pelo Atlético — ao menos se depender da vontade do próprio jogador. O camisa 33 se despediu dos companheiros na manhã desta terça-feira, na Cidade do Galo, e comunicou ao técnico Cuca que está de saída.
Contratado por cerca de 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões), Rony entrou com pedido de rescisão unilateral do contrato. A justificativa são atrasos superiores a dois meses no pagamento do FGTS, além de luvas e outros compromissos financeiros. Atualmente, o clube ainda deve parte das luvas e o direito de imagem vencido no último dia 20 de julho. Salários e o FGTS, porém, estão regularizados.
A solicitação do jogador se baseia no artigo 90, parágrafo 1º, da Lei Geral do Esporte, que permite a rescisão indireta do contrato em casos de inadimplência igual ou superior a dois meses em relação a salários ou contrato de imagem. Nesse cenário, o atleta fica livre para se transferir a qualquer outro clube, no Brasil ou no exterior, e pode cobrar a cláusula compensatória e valores em aberto.
Apesar disso, a Justiça costuma entender que atrasos antigos — já quitados — não são suficientes para justificar a rescisão. Mesmo assim, Rony não se reapresentará nesta quarta-feira e já é desfalque certo contra o Bucaramanga, pela Copa Sul-Americana.
O empresário do jogador, Hércules Júnior, preferiu não dar mais detalhes sobre a situação: “Vamos deixar a Justiça fazer o seu trabalho”, comentou.
O que diz o Atlético
Confira, na íntegra, o comunicado do Atlético a respeito do tema:
O Atlético informa que foi notificado pela Justiça do Trabalho, em ação ajuizada pelo atacante Rony, cujos pedidos ainda desconhecemos.
O Galo esclarece que está com os salários (CLT) rigorosamente em dia, e somente com uma parcela dos direitos de imagem atrasada em apenas dois dias.
O Clube aguarda obter mais informações para tomar as medidas necessárias e cabíveis.