O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, saiu do julgamento no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com uma punição mais branda do que a inicialmente aplicada no caso de suposto envolvimento com apostas esportivas. Por 6 votos a 3, os auditores decidiram enquadrá-lo no artigo 191, inciso III, impondo apenas multa de R$ 100 mil e descartando qualquer suspensão.
A decisão reformula a penalidade definida em setembro, quando o jogador, acusado de provocar intencionalmente um cartão amarelo para favorecer apostadores em partida contra o Santos, em 2023, havia recebido 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil. O julgamento desta quinta-feira (13/11) analisou o recurso apresentado pela Procuradoria do STJD.
Com a absolvição parcial da pena suspensiva, Bruno Henrique está liberado para atuar normalmente. Assim, poderá reforçar o Flamengo na reta final do Brasileirão e na final da Libertadores, marcada para 29 de novembro, em Lima, diante do Palmeiras.
Da investigação
A apuração teve início em novembro de 2024, quando a Polícia Federal deflagrou uma operação de busca e apreensão relacionada ao caso. No celular de Wander, irmão de Bruno Henrique, foram encontradas conversas que, segundo os investigadores, indicavam que o jogador pretendia receber um terceiro cartão amarelo. Ele já estava pendurado com dois.
As apostas registradas por familiares e pessoas próximas ao atleta, especificamente relacionadas ao cartão de Bruno Henrique naquele jogo, chamaram a atenção das casas de apostas pelo volume acima do normal. Isso levou à suspeita de manipulação e serviu de base para o indiciamento.
A investigação policial acabou repercutindo também na esfera esportiva, o que motivou a abertura do processo no STJD e resultou no julgamento concluído nesta quinta-feira.
Sobre o lance
O episódio que desencadeou toda a investigação aconteceu nos acréscimos da partida entre Flamengo e Santos, em 2023, no Mané Garrincha, em Brasília. Após cometer falta em Soteldo, o atacante recebeu cartão amarelo e, em seguida, avançou para cima do árbitro Rafael Klein. As reclamações resultaram na expulsão.
