‘Se não fosse sintético, talvez não me machucasse’, diz Dudu

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Após polêmicas, Dudu tem contrato rescindido com o Cruzeiro (Reprodução: Gustavo Aleixo)

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A polêmica envolvendo o gramado sintético segue em alta no futebol brasileiro. O atacante Dudu, do Cruzeiro, e um dos atletas que assinaram o manifesto contra a grama sintética, voltou a criticar esse tipo de campo e ainda atribuiu o agravamento de sua lesão no joelho, que o deixou fora de quase todo o ano de 2023, ao uso desse tipo de gramado.

“No campo do Palmeiras eu sofri uma lesão grave no joelho, fiquei um ano parado e, na minha opinião, se não tivesse o campo sintético, eu poderia não ter me machucado. Mas eu poderia também ter me machucado na grama natural”, disse Dudu em entrevista ao programa 98 Futebol Clube, nesta quarta-feira (26/03).

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Antes de chegar ao Cruzeiro neste início de temporada, Dudu era jogador do Palmeiras, um dos clubes que têm, em seu estádio, o gramado sintético. “Não é afrontar o Palmeiras, não é afrontar fulano, não é para afrontar a ciclana. É tanto que os jogadores do Palmeiras não treinam na grama sintética. Eles têm o campo lá no CT, mas não treinam, não usam o campo. Se eles quiserem falar que treinam, que isso e aquilo, estão mentindo”, afirmou.

Na Série A de 2025, apesar das polêmicas, o gramado artificial está presente em alguns estádios: Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena, Nilton Santos (Botafogo) e no remodelado Pacaembu (que pode ser utilizado pelos clubes do Estado de São Paulo). O Atlético também está instalando o gramado sintético na Arena MRV, que será utilizado durante o Brasileirão deste ano.

Dudu lamentou ter de jogar em gramados sintéticos. “Infelizmente, a gente tem que jogar na grama sintética e isso não vai mudar. Daqui a um tempo, é perigoso ter mais grama sintética do que grama natural aqui no Brasil. Então, é coisa que a gente deixa para lá. Eu faço, vamos fazer o nosso trabalho bonitinho. Se tiver que jogar no sintético, vamos jogar. Vamos fazer o nosso melhor para o Cruzeiro estar aí sempre em alto nível”, completou.

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O camisa 7 da Raposa também afirmou que os clubes que têm o gramado sintético em seu estádio levam vantagem em relação aos adversários. “É uma coisa muito particular e, como joguei muito tempo ali na grama sintética, tenho certeza absoluta de que quem usa esse campo tem um pouco de vantagem sobre o outro time. Você vai reparar nos jogos contra o Palmeiras, Atlético Paranaense, Botafogo… Você vê o adversário, nos dez primeiros minutos, errando muito passe, errando domínio, entendeu? Então, é um pouco complicado e, como convivi muitos anos no Palmeiras com a grama sintética, eu sei disso e posso falar”, afirmou.

O jogador de 33 anos também desejou que os gramados sintéticos sejam de boa qualidade. “A gente vai ter que jogar na grama natural, vai ter que jogar na grama sintética, e eu espero que, na grama sintética, possa haver uma grama boa. E espero que nenhum jogador se machuque, que nenhum jogador fique tanto tempo parado como eu fiquei, porque isso é a pior coisa para um jogador de futebol”, finalizou.

Gramado natural ruim

Antes de conversar com a Rede 98, Dudu participou de uma coletiva com outros jornalistas. O atacante foi questionado sobre as condições de gramados naturais em más condições. “As pessoas falam que machucam mais na grama natural. Claro que vai ser, porque tem mais grama natural do que sintética. Joguei bastante na sintética. Ela é boa para o time da casa, o jogo fica mais rápido. Mas tem outros aspectos. Acho que 85% da minha lesão, se fosse na grama natural, não teria acontecido”, explicou.

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Rafa Silveira

Jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Durante dois anos, foi produtor e redator do programa 98 Esportes, até migrar, em 2024, para a equipe digital da emissora. Hoje, dedica-se à cobertura do futebol brasileiro e internacional, fazendo do jornalismo esportivo sua grande paixão.

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