CJ, Leandro Cabido, Vinícius Grissi, Rafael Miranda e Vinícius Silveira discutiram a possibilidade de Ronaldo se tornar Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A análise revelou um misto de esperança e ceticismo quanto à capacidade do ex-jogador de ascender ao cargo e transformar o futebol brasileiro.
Um dos pontos centrais do debate foi a dificuldade de Ronaldo em romper com o sistema político enraizado na CBF. Foi destacado que, para lançar sua candidatura, Ronaldo precisa do apoio de quatro federações e quatro clubes. “A primeira federação que abraçar publicamente o Ronaldo, é possível que ela leve outras, mas acho que ele conseguir a primeira vai ser muito difícil, porque o cara vai ter que ter coragem de ruir o sistema de certa forma”, disse Grissi.
A estrutura de poder dentro da CBF foi outro ponto de destaque. Foi mencionado que o voto das federações tem peso três, o que lhes confere um poder desproporcional em relação aos clubes. “Se todas as federações votarem no mesmo candidato, a federação está resolvida independentemente do que os clubes votarem”, explicou Grissi. Essa dinâmica dificulta a ascensão de candidatos de oposição e perpetua a influência de grupos tradicionais.
Apesar dos desafios, os comentaristas reconheceram o potencial de Ronaldo para trazer mudanças positivas para o futebol brasileiro. Sua experiência como jogador e dono de clube o confere um conhecimento único das “dores dos clubes e dos jogadores”. Além disso, sua imagem e influência poderiam ajudar a modernizar a gestão da CBF e combater os “caciques que estão há muito tempo no comando”. “Seria espetacular um cara com o tamanho do Ronaldo ser o presidente da CBF”, afirmou Cabido.
No entanto, Cabido e Grissi mostraram-se céticos quanto à possibilidade de Ronaldo vencer logo de primeira. “É difícil”, disse Cabido. A sugestão foi de que o ex-jogador poderia usar esta primeira tentativa para se firmar como uma voz de oposição dentro da CBF, preparando o terreno para futuras candidaturas. “A princípio a gente acha que é bem improvável que ele consiga vencer”, completou.
Em resumo, o debate revelou que, embora a candidatura de Ronaldo à presidência da CBF seja vista com entusiasmo por muitos, sua jornada para alcançar o cargo não será fácil. A estrutura de poder da CBF e os interesses dos grupos políticos tradicionais representam obstáculos significativos que o ex-jogador terá que superar.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira.