Ancelotti fala sobre Neymar, Vini Jr. e o desafio de comandar o Brasil

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Ancelotti revela estratégia, fala de Casemiro, Endrick e sonhos com o Brasil (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

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Carlo Ancelotti foi apresentado oficialmente como treinador da Seleção Brasileira. O novo comandante fez sua primeira convocação e também respondeu a vários questionamentos dos jornalistas, entre eles, sobre a ausência de Neymar, Vinícius Júnior e o estilo de jogo.

A grande ausência na lista de 25 jogadores convocados por Carlo Ancelotti foi Neymar. Sobre o camisa 10 do Santos, o italiano explicou que o jogador não foi chamado por estar retornando de lesão. “Todos sabem que Neymar é um jogador muito importante, sempre foi e sempre será. Logicamente, infelizmente, atualmente temos muitos jogadores que sofrem lesões e que não podem estar na Seleção, como Neymar, que passou por uma cirurgia. O que quero dizer é que o Brasil tem muitos jogadores talentosos e, no caso específico de Neymar, contamos com ele. É a Seleção Nacional. O Brasil conta com ele. Ele voltou ao Brasil para jogar e se preparar bem para o Mundial. Falei com ele nesta manhã para explicar isso e ele está totalmente de acordo. Assim seguimos”, disse o treinador.

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Outra estrela da Seleção é Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid, que se destacou sob o comando de Ancelotti. Contudo, na Seleção, o camisa 7 ainda não mostrou o mesmo desempenho do clube espanhol. “É difícil falar, porque o Vini ainda não mostrou sua melhor versão. Se isso não aconteceu, vai acontecer, porque é um jogador extraordinário, trabalhador, lutador. A verdade é que o jogador brasileiro tem muito carinho pela Seleção, e pode ser que isso gere uma pressão que afete a naturalidade. Isso, às vezes, impede que o atleta jogue seu melhor. Mas estou totalmente convencido de que, com a Seleção, o Vini mostrará sua melhor versão”, ponderou.

Uma dúvida recorrente entre torcedores e a crônica esportiva é sobre o estilo de jogo que Ancelotti adotará na Seleção. “Depois de 40 anos, ainda não sei qual é a estratégia ou o sistema que garante vitórias. Mas sei que o sistema deve depender das características dos jogadores, para que eles se sintam confortáveis em campo. Essa é a ideia que quero trazer aqui também; aproveitar a enorme qualidade que este país tem e trabalhar para que ele se una em um único objetivo, que é ganhar a Copa do Mundo”, completou.

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Outros temas abordados na entrevista

Desafio de treinar uma seleção

“Comecei minha carreira como treinador em 1992, após encerrar minha trajetória como jogador no Milan. Fui assistente em 1992 e 1993, preparando a Copa de 1994. Foi uma experiência fantástica. Sempre disse que queria vivê-la novamente, e agora surgiu o Brasil.”

Formação de jogadores

“O Brasil tem excelentes jogadores. Vini Jr., Rodrygo e Endrick são exemplos disso. Endrick progrediu muito bem, mas, assim como Vini e Rodrygo, está em processo de aprendizagem. Hoje, o futebol exige muito mais dos jovens, especialmente em grandes clubes.”

Sobre a torcida brasileira

“A recepção foi espetacular. A alegria do povo brasileiro é contagiante. Nós nos sentimos em casa, e isso vai nos ajudar muito neste trabalho.”

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Talentos brasileiros

“O futebol mudou, as regras mudaram, mas o Brasil segue produzindo talentos. A base continua forte, e isso é algo que nunca vai mudar.”

Por que não a Itália?

“A Itália já tem um treinador e nunca me convidou. O Brasil demonstrou interesse. Me sinto orgulhoso de estar aqui. A história mostra que o Brasil é a melhor seleção do mundo. O país me escolheu para buscar o hexa.”

O mais urgente na Seleção

“Colocar toda essa qualidade que temos a serviço da equipe. Com atitude, compromisso e sacrifício, podemos buscar a classificação e, depois, nos preparar para o Mundial.”

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Filho fora da comissão técnica

“A negociação começou há dois anos, foi interrompida e depois retomada. Sobre Davide, ele tem uma negociação em andamento na Europa. Não seria correto trazê-lo neste momento, mas, se não fechar, ele pode se juntar a nós.”

Mensagem à torcida

“Confiem, apoiem e mantenham o carinho que sempre tiveram pela Seleção. Isso faz muita diferença.”

Convocação de Richarlison

“Treinei Richarlison no Everton. Esta convocação vem de um trabalho conjunto, analisando o momento dos jogadores. A atitude e a entrega de Richarlison e Casemiro contam muito.”

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União entre jovens e experientes

“A conexão entre jovens e experientes é fundamental. Estevão, por exemplo, traz entusiasmo, enquanto Casemiro oferece liderança e conhecimento. Isso precisa estar equilibrado.”

Estilo propositivo ou reativo

“Não acredito em um único estilo. É preciso ser propositivo em alguns momentos e reativo em outros. Um time precisa ter a capacidade de fazer várias coisas bem, não apenas uma.”

Jogo como o Real Madrid?

“Depende das características dos jogadores. Vinícius será muito importante. Há também outros que não estão nesta convocação, mas que serão fundamentais ao longo do ano.”

Brasil e Itália no futebol mundial

“São ciclos. Brasil e Itália seguirão competitivos. A diferença está em conectar talento com sacrifício, algo fundamental.”

A importância do cargo

“A sociedade brasileira espera que eu ajude o país a voltar a conquistar a Copa do Mundo. Tenho clareza da responsabilidade e acredito no nosso trabalho.”

Observação de jogadores no Brasil

“Acompanhamos os clubes brasileiros. Pretendo passar mais tempo no país para conhecer melhor os jogadores, as estruturas e também, claro, tirar alguns dias de férias para aproveitar o Rio de Janeiro.”

Sobre Casemiro

“Casemiro é fundamental. Sua liderança, caráter e comprometimento são qualidades que ajudam muito. Precisamos, além de talento, de atitude e sacrifício, e ele tem tudo isso.”

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Rafa Silveira

Jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Durante dois anos, foi produtor e redator do programa 98 Esportes, até migrar, em 2024, para a equipe digital da emissora. Hoje, dedica-se à cobertura do futebol brasileiro e internacional, fazendo do jornalismo esportivo sua grande paixão.

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