Ronaldo Fenômeno, um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, era postulante à presidência da CBF. Contudo, o ex-jogador retirou sua candidatura por não ter apoio para seguir no pleito. Pela primeira vez, Ronaldo falou sobre o tema.
“O sistema realmente não deixa ninguém entrar. Tanto que, historicamente, a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Sim, é sempre aclamação. É. Quem está no poder elege, se reelege ou elege o sucessor”, afirmou Ronaldo em entrevista ao Charla Podcast, nesta sexta-feira (21/03).
As eleições na CBF têm um formato em que o colégio eleitoral é composto pelas 26 federações estaduais e a do Distrito Federal, que têm voto com peso três; pelos 20 clubes da Série A (peso dois); e pelos 20 clubes da Série B (peso um).
Ronaldo chegou a procurar todas as federações estaduais, mas, segundo o ex-jogador, todas elas responderam de forma semelhante, por meio de um comunicado que destacava a atual gestão de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e refutava a pré-candidatura do ex-camisa 9, campeão do mundo pela Seleção.
O ex-jogador ainda comentou sobre os motivos que o levaram a considerar a candidatura ao mais alto cargo diretivo do futebol brasileiro. “A minha decisão de querer me candidatar, a minha vida foi dentro do futebol. Minha vida é o futebol. Eu faço tudo pelo futebol. Sou apaixonado pelo futebol e me sentia no dever de tentar melhorar o futebol brasileiro e ajudar com o que eu tinha a oferecer. Fui. Minha família, meus filhos, minha esposa, ninguém queria que eu entrasse nessa. Mas falei: ‘Cara, eu tenho que tentar, eu tenho que tentar”, finalizou.
Contudo, por meio de um comunicado postado em suas redes sociais, no dia 12 de março, sem apoio, Ronaldo confirmou sua desistência da candidatura à CBF.
Candidatura única de Ednaldo
Com a desistência de Ronaldo, Ednaldo foi o único a registrar chapa, na última quarta-feira, contando com o apoio das 26 federações estaduais e da do Distrito Federal, além de 13 clubes da Série A e outros 13 da Série B. O prazo para candidatura se encerrou nesta quarta. O mandato será válido de março de 2026 a março de 2030.
O atual presidente ocupa o cargo desde 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, quando assumiu como interino. Em 2022, foi eleito de forma efetiva.