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Amanda Guimarães em participação na 98 News (98 News/Reprodução)

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Minas Gerais marca presença na Fenearte 2025, a maior feira de artesanato da América Latina, que ocorre no Centro de Convenções de Pernambuco. Pela primeira vez, o Sebrae Minas leva ao evento uma proposta que une artesanato e moda, ampliando a vitrine para o projeto Origem Minas e reforçando o potencial econômico da produção artesanal do estado.

Em entrevista na 98 News nesta segunda-feira (14/7), a analisa do Sebrae Minas, Amanda Guimarães, explicou a presença mineira em Pernambuco. Segundo ela, a iniciativa faz parte de uma construção contínua com foco na valorização da origem e na busca por novos mercados.

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“Na verdade, o Sebrae participa há quase 15 edições da Fenearte. Esse ano nós estamos entrando pela primeira vez com o projeto de moda juntamente com o artesanato. Então, a Fenearte é um dos grandes palcos, né, consumidores de artesanato que nós temos”, explica.

“Pernambuco é um estado que valoriza muito a arte popular brasileira, não só do seu estado, mas de todo o Brasil. Em Minas Gerais, nós temos, através do projeto Origens Minas, procurado grandes experiências, grandes mercados consumidores de artesanato, que a gente sabe que o mercado é um dos grandes gargalos que nós temos para o artesanato.”

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Vitrine para negócios duradouros

A feira é uma oportunidade estratégica não apenas para venda imediata, mas para criação de relações comerciais duradouras com lojistas de todo o país. “Ali os artesãos têm oportunidade não só de vender peças naquele momento da feira, mas também de ter contato com consumidores que podem continuar essa compra por muito tempo, porque é uma feira que reúne muitos lojistas de artesanato.”

“São consumidores que compram ali num primeiro momento e a gente, através do nosso projeto Origem Minas, gosta de firmar a presença de Minas Gerais através dessas experiências, dessas histórias, desses produtos que são muito exclusivos.”

O diferencial mineiro

Segundo Amanda, o diferencial do artesanato mineiro está na preparação dos empreendedores e na autenticidade dos produtos:

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“Os nossos artesãos que fazem parte do projeto Origem Minas participam de ações de mercado, mas antes disso, eles são preparados pelo Sebrae por meio de ações de gestão, de inovação, de fortalecimento da identidade desses produtos.”

“Esses artesãos vão para essa feira já preparados. Através desse preparo do Sebrae, eles conseguem estar ainda mais motivados para vender, ainda mais preparados para gerar esse relacionamento com esses lojistas, com esses consumidores.”

“Esse artesanato que vai para essa feira é um artesanato extremamente diferenciado e preparado para se conectar com o mercado consumidor que quer cada vez mais produtos autênticos, histórias verdadeiras, inovação e tradição ao mesmo tempo.”

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Intercâmbio e evolução

A participação na Fenearte também gera aprendizados e trocas entre regiões, respeitando a identidade de cada território. “O Sebrae trabalha muito no estímulo ao processo criativo do artesão. Nós temos o método de design, que ajuda numa qualificação, num acabamento, e também no fortalecimento. Ele viaja, ele tem sim oportunidade de fazer intercâmbios com novos artistas.”

“Esse artesão tem acesso ali a artesãos de todo o Brasil. Nós estimulamos esse artesão a não olhar no sentido de cópia, que não é isso, né? O artesanato mineiro tem sua identidade com muita força e que se diferencia muito bem dos demais.”

“Mas é uma oportunidade de ter um intercâmbio no sentido de boas práticas: de comercialização, de feitura do artesanato. Esse networking é muito importante. A participação na feira vai muito além da comercialização naquele momento.”

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“Ir à Fenearte é quase como se fosse a realização de um sonho dos nossos artesãos, empreendedores novos.”

Artesanato como negócio

Amanda reforça que o setor, apesar de ainda ter alta informalidade, representa um segmento estratégico da economia criativa, especialmente em Minas Gerais.

“O setor realmente ainda vive com uma informalidade muito grande, né? Isso é fato. Mas o Sebrae, em âmbito nacional, acredita muito nesse artesanato no lugar de geração de renda.”

“Nós estamos aqui para poder ajudar esse artesão, que está ali muitas vezes induzido do seu processo de criação, muito ali no seu lugar de artista, mas ele entender que além de artista, ele pode ser um empreendedor e pode ganhar bastante a partir do seu ofício, do seu trabalho.”

“A gente fala de um setor que engloba aproximadamente 8,5 milhões de artesãos em todo o Brasil. Desses, 77% são mulheres. E com um faturamento estimado em 102 bilhões no Brasil, o que representa 3% do PIB.”

“São números verídicos, fortes, que chancelam ainda mais esse olhar que o Sebrae tem para o artesão enquanto um empreendedor. E esse é o nosso trabalho todos os dias: ajudar esse artesão a enxergar o artesanato como oportunidade factível de negócio e faturar ainda mais com o seu trabalho.”

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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