PUBLICIDADE

Banco Central estabelece regras para o mercado de criptomoedas

Siga no

(Créditos: Imagem gerada por IA)

Compartilhar matéria

Nessa segunda-feira (10/11), o Banco Central (BC) estabeleceu regras para o mercado de criptoativos no Brasil, entre elas, instituiu as sociedades prestadoras de serviços de ativos virtuais (SPSVAs), que poderão ser criadas para atuar nesse setor.

A autoridade monetária brasileira publicou três resoluções sobre ativos virtuais, inclusive sobre quais operações se inserem no mercado de câmbio e quais situações estão sujeitas à regulamentação de capitais internacionais.

A regulamentação tem o objetivo de limitar os riscos de sistemas virtuais sem administração centralizada, ao mesmo tempo em que pretende não impedir o surgimento de novidades no setor, explica o BC.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Mercado regulado

A Resolução nº 519 disciplina a prestação de serviços de ativos virtuais, quem poderá prestar esse serviço e a constituição e o funcionamento das SPSAVs. Ela entra em vigor em 2 de fevereiro de 2026.

De acordo com o BC, o texto estende às entidades que prestarem serviços de ativos virtuais toda a regulamentação que trata de temas como proteção e transparência nas relações com os clientes; prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; requisitos de governança; segurança; controles internos; prestação de informação; entre outras obrigações e responsabilidades.

Esses serviços poderão ser prestados por algumas das instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, como bancos e corretoras, e pelas SPSAVs criadas exclusivamente para essa finalidade. As sociedades atuarão conforme sua classificação: intermediária, custodiante e corretora de ativos virtuais.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Autorização

Já a Resolução nº 520 estabelece as regras para a autorização de funcionamento das SPSAVs. Ela entra em vigor em 2 de fevereiro de 2026.

A norma também atualiza os processos de autorização relacionados a alguns segmentos antes regulados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como sociedades corretoras de câmbio, corretoras de títulos e valores mobiliários e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

A resolução implementa regras gerais comuns a todos esses segmentos e regras específicas para assegurar uma transição segura e organizada para o segmento das SPSAVs. Ainda são especificados os processos e prazos para as instituições que atualmente prestam serviços de ativos virtuais solicitem autorização e cumpram os requisitos definidos na norma.

Câmbio e capitais internacionais

Por fim, a Resolução nº 521 estabelece regras para algumas atividades das prestadoras de serviço de ativos virtuais (PSAVs), que passam a ser tratadas como operações do mercado de câmbio e capitais internacionais. A norma entra em vigor em 2 de fevereiro de 2026 e, a partir de 4 de maio de 2026, passa a ser obrigatória a prestação de informações para o Banco Central sobre essas operações.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A partir de agora, são consideradas operações no mercado de câmbio as seguintes atividades realizadas com ativos virtuais:

  • pagamento ou transferência internacional usando ativos virtuais;
  • transferência de ativo virtual para cumprir obrigações decorrente do uso internacional de cartão ou outro meio de pagamento eletrônico;
  • transferência de ativo virtual para ou a partir de carteira autocustodiada, que não envolva pagamento ou transferência internacional com ativos virtuais;
  • compra, venda ou troca de ativos virtuais referenciados em moeda fiduciária.
  • Segundo o BC, as PSAVs podem prestar serviços de ativos virtuais no mercado de câmbio, desde que autorizadas a operar nesse mercado.

Para outras instituições autorizadas que têm limites de valor por operação de câmbio com clientes, tais como corretoras e distribuidoras, os pagamentos e transferências internacionais com ativos virtuais passam a observar os mesmos limites quando a contraparte não for instituição autorizada a operar nesse mercado.

As SPSAVs também podem prestar serviços de ativos virtuais no mercado de câmbio, sendo vedadas para essas instituições operações envolvendo moedas em espécie, nacional ou estrangeiras. Nesse caso, deve ser observado que o pagamento ou transferência internacional com ativos virtuais está limitado ao valor equivalente a US$ 100 mil quando a contraparte não for instituição autorizada a operar no mercado de câmbio.

A resolução do BC ainda regulamenta o uso de ativos virtuais em operações de crédito externo e de investimento estrangeiro direto no país.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“O objetivo é conferir maior eficiência e segurança jurídica a essas operações, evitar potenciais arbitragens regulatórias e resguardar as estatísticas e as contas nacionais eventualmente afetadas por essas operações”, ressalta o Banco Central.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Notícias

Café além de Minas Gerais: quais estados podem ‘destronar’ o Estado? 

Seminário reforça laços entre jornalistas e o agronegócio em Minas e discute tendências do setor

Semana Internacional do Café: Belo Horizonte recebe principal encontro de cafés do Brasil em novembro

Guerra comercial entre EUA e China derruba Bitcoin e impulsiona o ouro

Conecta News: a inovação que nasce da simplicidade

Diversidade traça novo caminho na mineração e impulsiona transformação

Últimas notícias

Anvisa manda retirar do mercado duas marcas de suplemento alimentar

Adversário do Atlético, Fortaleza tem apenas uma vitória como visitante no Brasileirão

‘Falso deputado’ que passava trotes na PM é preso em BH

América libera ingressos gratuitos para duelo contra o Cuiabá no Independência, pela Série B

Morre Sally Kirkland, atriz vencedora do Globo de Ouro, aos 84 anos

Natal da Mineiridade 2025 terá ceia solidária no Palácio da Liberdade e serviços gratuitos

Bar do Orlando celebra 106 anos de história no coração do Santa Tereza

Técnico do Cruzeiro feminino é indicado a prêmio de melhor do mundo

Bebidas falsificadas: nova fase de operação cumpre mandados em 6 Estados