Castanhas, bolo e insulina: chimpanzé com diabetes recebe cuidados especiais no zoológico de BH

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Cardápio é especialmente adaptado para condição de saúde do animal (Suziane Brugnara/PBH)

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Mingau de aveia, bolos e castanhas. Essa é uma parte da dieta do chimpanzé Serafim, de 37 anos, morador do Zoológico de Belo Horizonte. Diagnosticado com diabetes tipo 1, o animal segue uma rotina que inclui alimentação planejada, monitoramento diário da glicemia e aplicação de insulina para manter a saúde em dia.

A manhã de Serafim começa sempre com um check-up. A metodologia de exames e controle é a mesma utilizada em humanos, explica Carlyle Mendes, gerente de Veterinária do zoológico.

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“Graças ao condicionamento operante feito pela equipe, Serafim já se habituou à rotina”, diz ela. “A coleta da gota de sangue e a aplicação da insulina acontecem de forma tranquila, sem necessidade de sedação, usando reforço positivo com alimentos que fazem parte da dieta planejada”, complementa.

O cardápio do chimpanzé é um capítulo à parte. Sob supervisão da zootecnista e gerente de Nutrição, Melina Nunes, cada refeição é pensada para manter o equilíbrio glicêmico. “A base da alimentação são folhas, frutas e legumes. Mas precisamos evitar os de maior índice glicêmico, como bananas maduras e melancia, ou oferecê-los de forma combinada com fibras, gorduras ou proteínas”, detalha.

O menu inclui frutas variadas, verduras, ração e até bolos específicos para primatas. Ao todo, são quatro refeições diárias, somando cerca de 4 mil calorias. “Planejamos a dieta considerando inclusive os momentos de treinamento. Assim, garantimos que o reforço positivo funcione e que os tratamentos sejam feitos sem estresse”, diz Melina.

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Carinho

Mais do que um paciente especial, Serafim é símbolo do compromisso do zoológico de BH com a qualidade de vida dos animais. A diretora de Zoobotânica, Sandra Cunha, lembra que a instituição foi pioneira no Brasil ao criar, há 25 anos, um setor dedicado ao bem-estar animal.

“Recebemos inclusive a certificação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, que reconhece a busca contínua pelos melhores cuidados, especialmente para animais que necessitam de mais atenção”, afirma Cunha.

Presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte, Gelson Leite reforça o orgulho da equipe. “O trabalho integrado e multidisciplinar do zoológico de BH é uma referência nacional em bem-estar animal. O caso do Serafim mostra a seriedade do manejo, mas também o carinho que a instituição dedica a cada espécie”, diz.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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