Liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), moradores dos bairros Vista Alegre, Nova Gameleira, Betânia, da região Oeste de Belo Horizonte, ocuparam, nesta segunda-feira (17/3), as obras da Linha 2 do metrô de BH.
Os manifestantes exigem “reassentamento digno e justo” para as famílias que estão na linha de remoção para a construção do novo itinerário do metrô de BH.
“Há mais de 2 anos, mais de 500 famílias convivem com o descaso e a desinformação do governo do estado e da MetrôBH, concessionária do metrô. Desinformação, indenizações irrisórias e intimidação têm feito parte da rotina da empresa”, disseram os manifestantes.
Eles também pedem uma mesa de negociação coletiva, com a participação das três esferas de governo e transparência no cronograma de obras.
“O metrô é uma obra urgente e necessária, e por essa mesma razão suas remoções devem ser feitas de modo transparente, garantindo reassentamento justo e digno para as mais de 400 famílias que são atingidas”, disse.
O que diz a MetrôBH?
Em nota enviada à 98, a MetrôBH, concessionária que administra o transporte por trens em Belo Horizonte, informou ter acionado a Polícia Militar e disse que está tomando outras medidas cabíveis para que as obras sejam retomadas.
“O Metrô BH manifesta sua preocupação com a segurança das pessoas no local, já que é um canteiro de obras”, disse a empresa.
Sobre as reivindicações dos manifestantes, a concessionária informou que, para o processo de desocupação das casas construídas na faixa de domínio, já foi realizado o mapeamento da área e das benfeitorias, após entrevistas com os moradores.
“Também iniciou-se as negociações com os titulares de benfeitorias. O Metrô BH reforça que qualquer contato pode ser feito de forma individualizada, por meio dos canais de comunicação já estabelecidos”, finalizou a empresa.
