O secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (3/4) após uma operação da Polícia Federal cumprir 16 mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal investiga uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro na Bahia.
Os mandados foram cumpridos em BH, Salvador, São Paulo e Aracaju. Segundo a PF, a ordem de afastamento cautelar de Barral foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estima-se que a organização tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio desses contratos fraudulentos e obras superfaturadas”, explicou a PF.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Natural da Bahia, Barral já foi secretário de educação pela Prefeitura Municipal de Salvador, entre 2017 e 2020, e diretor geral de iluminação pública entre 2015 e 2017.
Em nota enviada à 98, a Prefeitura de BH informou que foi notificada da decisão do STF e irá cumpri-la. “Em entrevista nesta quinta-feira, o prefeito Álvaro Damião esclareceu que o processo está relacionado a atos da Prefeitura de Salvador, na Bahia, sem qualquer relação com Belo Horizonte”, informou.