Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) buscam crianças de até 2 anos para participar de um estudo que investiga marcos do desenvolvimento saudável na primeira infância. A iniciativa, que já avaliou mais de 800 crianças no Brasil, pretende reunir novas evidências para orientar políticas públicas, práticas pedagógicas e estratégias de intervenção precoce.
A proposta é analisar marcos do desenvolvimento saudável de crianças de até 7 anos e 11 meses, sem suspeita de problemas neurológicos. O estudo é conduzido pelo grupo de Avaliação do Desenvolvimento Infantil do Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM/UFMG) da Faculdade de Medicina da UFMG.
Segundo a pediatra Débora Marques Miranda, professora da UFMG e vice-coordenadora do CTMM, a participação permite que as famílias possam acompanhar o desenvolvimento de seus filhos e usufruir da informação para otimizar a estimulação em cada um dos campos.
A avaliação, no entanto, não tem caráter diagnóstico e não se destina a identificar transtornos como autismo ou TDAH. Durante o período de análise, as crianças passarão por atividades lúdicas, observação direta e entrevistas com os responsáveis.
Entre os instrumentos utilizados está o Battelle Developmental Inventory (BDI), ferramenta reconhecida por medir, de forma consistente, cinco áreas fundamentais do desenvolvimento: comunicação, cognição, motricidade, aspectos socioemocionais e adaptação.
Os resultados serão comunicados apenas aos pais, sob sigilo dos nomes de todos os demais. Podem participar do estudo crianças entre 0 e 2 anos sem suspeita ou diagnóstico de transtornos do neurodesenvolvimento e que não nasceram prematuras.
As atividades serão realizadas presencialmente no campus saúde da UFMG, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os pais ou responsáveis interessados devem se inscrever até sexta-feira (28/8), pelo formulário.