Chuva de meteoros Orionídeas poderá ser vista em todo país; saiba mais

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O nome Orionídeas é referência à constelação de Órion, de onde os meteoros parecem “nascer” perto da estrela Betelgeuse (Agência Gov/James McCue)

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Esta semana será o melhor momento para assistir à chuva de meteoros Orionídeas que iluminará o céu em diversas partes do planeta. No Brasil, o fenômeno poderá ser visto de qualquer região. De acordo com o Observatório Nacional (ON), a chuva Orionídeas terá o pico de observação nas noites de terça-feira (21) para quarta-feira (22) e de quarta-feira para quinta-feira (23).

O melhor horário para observação é da meia-noite ao amanhecer. O Observatório classifica a visibilidade como “excelente” em todo o território.

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De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, a chuva terá característica de meteoros extremamente rápidos ─  que podem chegar a 66 quilômetros por hora ─, brilhantes e que deixam trilhas luminosas no céu. De Cicco coordena o Projeto Exoss, uma rede colaborativa que estuda meteoros e é apoiada pelo Observatório Nacional.

O nome Orionídeas é referência à constelação de Órion, de onde os meteoros parecem “nascer” perto da estrela Betelgeuse. A constelação leva o nome do mito grego de Órion, um gigante caçador. É uma das constelações mais conhecidas e facilmente identificável no céu noturno: seu centro é marcado por três estrelas brilhantes, as Três Marias. No entanto, os meteoros podem surgir em qualquer parte do céu. 

“O radiante em Órion é visível de norte a sul, com leve vantagem nas regiões  Norte e Nordeste, onde ele sobe mais alto. Mesmo no Sul, é um show garantido”, divulga o Exoss.

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Como acompanhar a chuva de meteoros

O pico de visualização da Orionídeas coincide com a Lua Nova, apenas 2% iluminada e se pondo cedo. Isso faz com que o céu fique escuro a noite toda, facilitando a observação. No momento mais movimentado, sob condições ideais, os observadores esperam ver de 15 a 20 meteoros por hora. De acordo com o Observatório, não é preciso equipamento especial nem conhecimento específico para acompanhar o fenômeno.

“Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta”, orienta. Outro fator imprescindível é que o tempo esteja bom.

A Nasa, agência espacial americana, acrescenta que, em menos de 30 minutos no escuro, os olhos se adaptam e facilitam a observação. “Seja paciente, a tempestade dura até amanhecer, tem muito tempo para captar”, afirma.

O que são chuvas de meteoros?

As chuvas de meteoros são vestígios da passagem de cometas, que deixam detritos (meteoroides) à deriva no espaço. O brilho assistido da Terra é quando essas rochas entram em altíssima velocidade na atmosfera terrestre e se desintegram.

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Ao enfrentar a resistência do ar, o meteoroide sofre a ablação (queima), o que forma um rastro brilhante. Quando são muitos, formam uma chuva.

Isso acontece quando o planeta passa por uma dessas zonas de detrito. No caso da Orionídeas, os detritos são originários do cometa Halley, que circula pelo sistema solar e passa a cada 75-76 anos pela Terra.

A passagem do Halley provoca duas chuvas de meteoro: uma no segundo semestre, de 2 de outubro a 12 de novembro ─ quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos ─ e outra, em maio (Eta Aquariids).

Rápidos e brilhantes

Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.

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De acordo com a agência espacial americana, a Nasa, além das trilhas que duram de segundos a minutos, os meteoros mais rápidos podem criar o efeito de “bola de fogo”.

Quando um fragmento de rocha espacial resiste à entrada na Terra e chega à superfície, passa a ser chamado meteorito.

Estudo

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Além de um show para os amantes da observação do espaço, chuvas de meteoros têm utilidade científica. O Observatório explica que o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra.

“A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos”.

Outra linha de pesquisa tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Por meio da análise das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.

Halley

De acordo com a Nasa, a última vez que o Halley foi observado a partir da Terra foi em 1986. O cometa foi descoberto em 1705 por Edmond Halley. Ele tem dimensões de 16 x 8 x 8 quilômetros e é um dos objetos mais escuros — ou menos refletivos — do Sistema Solar, com um albedo de 0,03, isto é, reflete apenas 3% da luz solar que recebe.

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