Cemig investe em tecnologia e interiorização em busca de estabilidade da rede e menos quedas

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Roberth R Costa

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Presidente da Cemig esteve na 98 News nesta quarta-feira (98 News/Reprodução)

A Cemig vai investir mais de R$ 6 bilhões em 2025 em Minas Gerais com a meta de transformar a infraestrutura energética do estado. O foco da companhia está em tecnologia, interiorização, qualidade de atendimento e estabilidade na distribuição de energia elétrica. O presidente da estatal, Reynaldo Passanezi Filho, detalhou as novidades durante entrevista à 98 News nesta quarta-feira (28/5).

DERMS e o desafio da geração distribuída

Reynaldo conta que um dos principais projetos em andamento é o DERMS (sigla em inglês para Sistema de Gerenciamento de Recursos Energéticos Distribuídos). A solução chega para lidar com o crescimento acelerado das usinas solares e da geração distribuída no estado.

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“Hoje a gente vive um momento de recorde de investimentos. Estamos investindo mais de R$ 5 bi e parte desses investimentos são em inovação”, explicou. “Agora a gente tem o ‘prossumidor’, que ele produz e também consome. A gente tem que atualizar a tecnologia, o que a gente tá trazendo é exatamente isso e isso vai melhorar muito a prestação de serviços.”

Segundo Passanezi, o sistema DERMS cria uma base tecnológica para o controle da nova realidade energética: descentralizada, mais complexa e interativa. “O que a gente está trazendo é um software de gestão e controle, para que a gente possa investir em tecnologia e trazer cada vez mais capacidade de resposta rápida, com religadores automáticos, para melhorar a vida da população.”

Mais subestações e rede trifásica no campo

A Cemig também ampliou de forma expressiva sua capacidade de distribuição. Dois programas ganham destaque: Mais Energia e Minas Trifásico.

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“O Mais Energia é para a construção de subestações. Quando a gente chegou, a Cemig tinha 414 subestações. O programa é para construir mais 200. Já entregamos 135”, afirmou. “Estamos fazendo em 7 anos aquilo que a Cemig conseguiu fazer, o dobro, em 70 anos.”

No campo, o Minas Trifásico substitui a rede monofásica, que não atende às necessidades da produção agrícola moderna. “Estamos trazendo trifásica e isso são 30 mil quilômetros de rede. Eu gosto de lembrar que o perímetro da Terra é 40 mil km. Os nossos 30 mil km são para irrigação, ordenhadeira, secadora de café.”

Interiorização e resposta mais rápida

Um dos compromissos firmados com o governador Romeu Zema foi retomar o papel da Cemig como estimuladora do desenvolvimento regional. Desde então, todos os investimentos têm foco exclusivo em Minas, especialmente no interior.

“Aquela área que precisava de mais apoio, sem dúvida nenhuma, era o interior do estado”, disse o presidente. Para acelerar o atendimento emergencial, a empresa criou o programa Cemig Agro, com 72 novas bases e 228 eletricistas.

Além disso, a companhia foi regionalizada. “Hoje a gente tem seis regionais: Valadares, Uberlândia, Juiz de Fora, Pouso Alegre, Montes Claros e BH. Antes, tudo era centralizado em Belo Horizonte.”

Micro-rede inédita em Serra da Saudade

Outro destaque é a primeira micro-rede de Minas, que será inaugurada no próximo mês na Serra da Saudade, a menor cidade mineira. O sistema permitirá que a Serra continue com energia mesmo se a rede principal falhar.

“Vai ser uma planta solar com baterias. A bateria tem capacidade para abastecer a cidade por 48 horas. É mais barato do que construir uma linha nova. Talvez a gente repita isso em mais municípios”, revelou Passanezi.

Estabilidade na rede e menos quedas

Com os investimentos em curso, o impacto já é sentido por quem mais importa: o consumidor. Um dos principais indicadores do setor, o DEC (tempo médio sem energia por ano), caiu 6 horas nos últimos 24 meses.

“O consumidor sabe que a qualidade da rede claramente está melhorando. O estado de Minas cresceu mais que a média do Brasil, ganhou participação no PIB, e hoje temos energia para sustentar esse crescimento. Quem quiser vir para Minas, vai ter energia”, garantiu.

Dívidas e virada financeira

Ao assumir a presidência da Cemig, Passanezi encontrou uma empresa fragilizada financeiramente e com alto endividamento em dólar. A mudança veio com eficiência operacional e reestruturação.

“Emitíamos dívida a dólar +9%, sem proteção cambial. Hoje, a Cemig se financia abaixo do título do tesouro brasileiro. Saímos do vermelho com desinvestimentos, corte de perdas e melhoria dos indicadores”, disse.

Ele explica que o aumento do endividamento no curto prazo está sendo compensado pela robustez dos investimentos. “Esse programa vai gerar recursos suficientes para fazer o serviço de toda essa dívida.”

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Roberth R Costa

Atuo há mais de 10 anos com jornalismo digital, formado em Publicidade e Propaganda, acumulo premiações por reportagens diversas. Editor e dev. de produtos digitais na 98.

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