Em pesquisa realizada pelo instituto Genial/Quaest, no período entre os dias 27 a 31 de março deste ano, a principal preocupação dos 2004 entrevistados é em relação a violência e falta de segurança em todo o país.
O secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte, Márcio Lobato, conversou com Paulo Leite sobre a questão da segurança na capital mineira. A entrevista abordou temas como o furto de cabos em BH, a utilização de reconhecimento facial para combate a furtos e roubos, a qualificação da Guarda Municipal de BH, a população em situação de rua e o que fazer para melhorar a segurança na cidade.
Sobre o furto de cabos, Lobato alertou que não é só o prejuízo financeiro do fio furtado, mas também o que ele pode afetar, como a internet, energia elétrica. “Já tivemos posto de saúde que aconteceu de perder a vacina, porque ela precisava de refrigeração e acabou ficando sem energia”, explicou o secretário.
Márcio falou também sobre o número de furtos de celular em Belo Horizonte. O projeto envolve a “possibilidade de monitoramento para redução de furtos, por exemplo, de celulares, que acontecem à luz do dia nas ruas de Belo Horizonte”.
Professor de manejo de emprego de arma de fogo por quase 20 anos na academia de polícia civil, o secretário afirmou que o treinamento implementado na Guarda Civil Municipal tem nível de exigência maior do que na PCMG. Ele ainda lembrou que busca contratar guardas que estão associados diretamente com a cidade: “Um vínculo com a população muito grande, tem esse conceito cidadão, uma proximidade muito grande com a população”, disse.
O delegado abordou a questão das pessoas em situação de rua na capital. Para ele “o enfrentamento passa por um enorme trabalho que tem que ser feito com os setores da prefeitura, sejam eles da segurança, da saúde, da ação social. Temos que trazer o poder judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública para isso e a sociedade também.”
Finalizando a entrevista, Márcio falou sobre o que acha que pode ser mudado na segurança pública da cidade: “As medidas implementadas podem trazer ao belo-horizontino uma sensação melhor de segurança, mas sobretudo não é só a sensação, é que ela possa realmente de fato existir”, concluiu.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira