O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) minimizou, nesta terça-feira (23/9), o gesto do presidente norte-americano Donald Trump em direção ao presidente Lula (PT). Em nota, o parlamentar afirmou que a postura do republicano não deveria ser interpretada como uma aproximação com Lula, mas sim como um movimento estratégico característico.
Segundo Eduardo, Trump teria seguido um roteiro habitual em suas tratativas políticas e diplomáticas. “Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações”, declarou. O deputado citou como exemplo a sanção aplicada pelo americano à esposa do ministro Alexandre de Moraes, ontem (22/9), o que classificou como “um recado claro e direto”.
Na avaliação do parlamentar, a combinação de “firmeza estratégica” e “inteligência política” explicaria o movimento recente de Trump em relação ao Brasil. Para Eduardo, o gesto de diálogo não representaria concessão, mas sim a reafirmação de que os interesses dos Estados Unidos permanecem em primeiro lugar. “É a marca registrada de Trump”, disse.
Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações. Ontem mesmo, sancionou a…
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 23, 2025
O deputado também aproveitou a ocasião para criticar Lula, afirmando que o presidente brasileiro “assiste impotente” às movimentações internacionais. Para ele, caberia agora ao petista “aproveitar a rara oportunidade de sentar-se com Trump” e tentar extrair algum benefício para o Brasil, apesar das dificuldades.
Eduardo reforçou ainda que, na visão de Trump, o Brasil depende diretamente dos Estados Unidos. “Ao final, Trump ainda arrebatou que sem os EUA o Brasil vai mal. Ou seja, não há para onde correr, o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não”, escreveu.
Por fim, o deputado associou sua análise à defesa da anistia a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, tema de debates no Congresso Nacional. “Entende por que confiamos na anistia ampla, geral e irrestrita?”, questionou, vinculando o episódio ao discurso político da oposição.