Faemg destaca recorde de exportações do agro mineiro

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Para De Salvo, a falta de uma boa política econômica do governo federal, também é refletida na alta dos alimentos. (Imagem: Reprodução)

Na edição desta quarta-feira (04/6) do programa Deadline, da Rádio 98 News, Antônio De Salvo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), detalhou o desempenho recorde do agronegócio mineiro no primeiro quadrimestre de 2024 e os desafios enfrentados pelo setor. Minas Gerais registrou uma receita de R$ 6 bilhões e embarcou 5 milhões de toneladas em exportações do agronegócio, representando 46,8% do total exportado pelo estado, o melhor resultado para o período desde 1997.

O crescimento do setor, segundo De Salvo, é atribuído ao “trabalho competente dos nossos produtores rurais”, que têm incorporado tecnologia e inovação.

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Minas Gerais se destaca como o maior exportador de café do Brasil e um dos maiores produtores de leite. Enquanto o PIB brasileiro cresceu 1,4%, o setor agropecuário expandiu 12,2%. “O setor traz dinheiro, divisas externas que fazem uma vida melhor, educação, saúde, segurança, logística. É o agro impulsionando Minas e o Brasil”, afirmou.

Em relação ao diálogo com o governo estadual, o presidente da Faemg sinalizou uma boa relação de escuta para a personalização de ações. No entanto, em nível federal, o diálogo, embora “franco” por parte do setor, levanta questionamentos sobre a atuação do governo. Para ele a falta de segurança jurídica para o agro representa uma das maiores lacunas para os produtores.

Além da falta de segurança jurídica, a ausência de crédito adequado para o agro diminue a rentabilidade da atividade. “O Plano Safra, que demanda R$ 1,3 trilhão, vai ser anunciado com cerca de R$ 500 bilhões, menos da metade do necessário. Para cada R$ 1 a gente volta entre R$ 3,50 e R$ 4 para sociedade”, indicou Antonio.

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A inadimplência no agronegócio atingiu 7,6% no último trimestre de 2023, refletindo a dificuldade de manutenção das contas em dia com taxas elevadas. O agro brasileiro, com sua “agricultura tropical ímpar” e tecnologia desenvolvida localmente, não necessita de subsídios como outros países. A sustentabilidade é um ativo importante, com o Brasil preservando mais de um terço de suas áreas sem compensação financeira.

Outro aspecto abordado por De Salvo foi a agricultura familiar, que tem uma expressividade considerada no estado. Ele esclareceu que o termo “familiar” não implica necessariamente em pequeno porte, englobando também “empresas grandes aí que são empresas familiares”. O desafio é levar assistência técnica e gerencial (ATEG/ATIG) a um grande contingente de produtores, como os 220 mil produtores de leite do estado.

O sistema Faemg, por meio do SENAR, oferece essa assistência gratuitamente para manter essas produções ativas. “A tecnologia no campo abrange mais do que máquinas, incluindo tecnologia de plantio, de formas de tratar a terra que podem melhorar a produtividade, melhorar a sustentabilidade”, destacou.

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