Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, a maioria professores, decidiram manter a greve da categoria, que teve início na última sexta-feira (6/6). A decisão, pela continuidade da paralisação, foi tomada durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (11/6). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), mais 90% das escolas estão envolvidas na greve.
“É uma greve forte, que atinge quase 80% dos professores da cidade e a continuidade da greve se deu porque os trabalhadores entendem que o aumento no vale-refeição não compensa a desvalorização salarial, que nós estamos vivendo hoje. 2,49% não é um índice que recompõe as perdas inflacionárias acumuladas”, disse Vanessa Portugal, uma das representantes da Sind-Rede/BH.
A categoria defende também a reposição imediata do quadro de professores, especialmente nas EMEIs, onde diz que a situação é ainda “mais grave”. Os professores exigem ainda a recomposição salarial com base nos índices de reajuste do piso nacional do magistério.
“As nossas perdas inflacionárias acumuladas estão na ordem de 40% e o índice apresentado pela prefeitura sequer repõe a inflação do ano. E é muito aquém do reajuste do piso salarial nacional do magistério, que foi de 6,23%, e é o menor índice de reajuste de toda a região metropolitana”, afirma Vanessa.
De acordo com Secretaria Municipal de Educação, o número da adesão à greve chegou a 86%. 248 escolas foram afetadas parcialmente pela greve.