Durante um evento no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (18/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a venda direta de combustíveis aos consumidores como forma de baratear os custos, eliminando a intermediação de empresas distribuidoras. A medida visa diminuir o impacto dos preços dos combustíveis no bolso do consumidor, especialmente em relação ao óleo diesel, gasolina e gás.
Lula enfatizou que a Petrobras deve tomar a iniciativa de vender diretamente aos grandes consumidores. “Eu acho que a Petrobras tem que tomar uma atitude, sobretudo o óleo diesel, […] a gente precisa vender para os grandes consumidores direto, se puder comprar direto para que a gente possa baratear o preço desse preço do diesel”, afirmou o presidente.
Lula complementou dizendo que a venda direta de gasolina e gás também seria benéfica, pois, segundo ele, o consumidor final é frequentemente “assaltado pelo intermediário”.
O presidente também mencionou a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados, como um fator que eleva o preço final dos combustíveis.
Lula destacou a diferença entre o valor cobrado pela Petrobras e o preço nas bombas: “O povo não sabe que sai da Petrobras a R$ 3,04, e que na bomba ela é vendida a R$ 6,49”. Ele explicou que o consumidor muitas vezes culpa a Petrobras pelo aumento, quando, na realidade, cada estado e cada posto têm liberdade para aumentar os preços.
A proposta de Lula busca reduzir a influência dos intermediários e a carga tributária estadual sobre os combustíveis, visando um preço mais justo para os consumidores. A medida também pode gerar discussões sobre a autonomia dos estados na definição das alíquotas de ICMS e o papel da Petrobras na regulação do mercado de combustíveis.
*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria