As restrições americanas sobre brasileiros atingiram, agora, a família do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Nesta sexta-feira (15/8), o governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha de Padilha, na leva de sanções contra pessoas ligadas ao programa Mais Médicos.
Nesta semana, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia anunciado a revogação dos vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral da COP30. Ambos participaram da formulação e da implementação do Mais Médicos no Brasil.
O visto de Padilha não é passível de cancelamento pois está vencido desde 2024.
Segundo Rubio, as restrições buscam atingir cúmplices no “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. O secretário americano descreveu o programa como um “esquema diplomático inaceitável de missões médicas estrangeiras”.
Alexandre Padilha também foi ministro da Saúde quando o Mais Médicos foi criado, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013. O programa atende regiões remotas e com escassez de profissionais. De 2013 até 2018, médicos cubanos participaram da ação por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Antes das restrições contra a própria família, Padilha defendeu o Mais Médicos, que, segundo ele, “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.
Com informações de Agência Brasil