O ex-presidente Jair Bolsonaro deve prestar depoimento ao STF no âmbito da ação que pretende investigar a suposta atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA contra autoridades brasileiras.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, o depoimento deve ocorrer em até dez dias. Além de Jair Bolsonaro, Moraes também determinou que se realizem oitivas com o parlamentar e com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).
No caso de Eduardo, o ministro autorizou ele preste esclarecimentos por escrito no inquérito aberto, devido ao deputado estar fora do país.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro chamou o inquérito de “injusto e desesperado”, e criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República, dizendo que não mudou sua postura e que no Brasil há um “estado de exceção”.
Eduardo ainda justificou a ida para os EUA como forma de garantir liberdade para continuar sua defesa e, segundo ele, proteger os direitos dos brasileiros.
PGR aponta intimidação de ministros
A PGR apontou postagens e declarações de Eduardo Bolsonaro com um tom considerado intimidatório contra autoridades e pediu abertura do inquérito.
O procurador-geral, Paulo Gonet, analisou discursos feitos pelo deputado licenciado, nos quais ele diz que o avanço da análise da suposta tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023 vai levar ao aumento da pressão por sanções dos Estados Unidos a integrantes do Supremo.
No domingo, Alexandre de Moraes pediu a abertura do caso e, nesta segunda-feira, levantou o sigilo da ação.