Condenado por corrupção, cardeal tenta garantir presença no conclave

Siga no

O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, de 76 anos, aparece como "não eleitor" na lista divulgada oficialmente (Foto: Vatican News)

Compartilhar matéria

Um ex-conselheiro do papa Francisco, que já foi o número 3 na hierarquia do Vaticano e que deixou seus cargos após ser acusado por desvio de dinheiro, iniciou uma polêmica ao querer participar do conclave. O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, de 76 anos, aparece como “não eleitor” na lista divulgada oficialmente, com 135 nomes que poderão escolher o novo pontífice. Mas declarou nesta terça-feira, 22, que o papa não “o expulsou” do conclave.

“O papa reconheceu minhas prerrogativas como cardeal intactas, pois não houve nenhum desejo explícito de me expulsar do conclave, nem pedido de minha renúncia explícita por escrito. A lista publicada pela assessoria de imprensa não tem valor jurídico e deve ser considerada como tal”, afirmou o cardeal ao jornal italiano L’Unione Sarda, da Sardenha, terra natal do religioso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Durante sete anos, Becciu foi muito próximo ao papa, era o substituto do secretário de Estado do Vaticano, uma espécie de chefia de gabinete – dessa forma, seria o terceiro na hierarquia Foi também o próprio Francisco que o nomeou cardeal em 2018 e depois o colocou no cargo de prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, responsável pelos processos de canonização.

Mas em setembro de 2020 o papa anunciou que aceitava a renúncia de Becciu após vir a público um escândalo de corrupção, que envolvia a compra de uma propriedade em Londres por E$ 350 milhões com dinheiro da Igreja Católica. A declaração de Francisco dizia que ele aceitava a “a renúncia ao cargo” e “aos direitos ligados ao cardinalato”.

O cardeal foi o mais alto membro do Vaticano a enfrentar acusações dessa natureza. Em 2021, foi a julgamento e acabou condenado em 2023 por peculato (desvio de dinheiro público). A sentença determinava multas, reclusão e inabilitação para ocupar cargos públicos. Sua defesa anunciou que recorreria da decisão.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Na Igreja, ele exerceu atividades nas Representações Pontifícias do Sudão, Nova Zelândia, Libéria, Reino Unido, França e Estados Unidos.

Em 2011, foi Bento XVI quem o nomeou para substituto da secretaria de Estado. Uma de suas funções na Cúria era de falar com frequência em nome do Vaticano sobre notícias que o papa preferisse não se envolver.

Becciu também foi o responsável pelos procedimentos do conclave após a renúncia do papa, em 2013, que escolheu Francisco.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Mundo

Novo prefeito de Nova York manda recado a Trump: ‘Aumente o volume’

Presidenta do México pede apoio de Lula para produção de etanol

Como o Brasil encarou a onda do tarifaço e ‘surfou’ nos lucros com as exportações

Portugal aprova lei que amplia exigências para brasileiros obterem cidadania

Texas processa fabricante do Tylenol após falas de Trump sobre autismo

Lula propôs a Trump mediar conflito entre EUA e Venezuela, diz Mauro Vieira

Últimas notícias

Nos pênaltis, Atlético vence o Flamengo e se classifica na Copa do Brasil Sub-20

Atlético: destaques com Sampaoli viram desfalque para partida contra o Sport

Cruzeiro perde titular para enfrentar o Fluminense

Atlético está matematicamente livre do rebaixamento? UFMG responde

Senado aprova nova regra de lucros e dividendos: empresas do simples devem pagar a maior parte da conta

Eventos em BH terão restrições nos dias de aplicação do Enem

Muito quente! 2025 deve bater recorde de calor, diz OMM

Minas Day: Zema destaca liderança de Minas na transição energética

Nem todo verde faz bem: quais plantas dentro de casa podem causar alergia?