Na correria na rotina, se tornou bastante comum a sensação de que não temos tempo para resolver todas as pendências em apenas 24 horas. Nesta quarta-feira (9/7), especificamente, esse sentimento pode se intensificar para algumas pessoas, já que esse deve ser um dos dias mais curtos da história do planeta Terra.
Segundo o astrofísico Graham Jones, que trabalha com relógios atômicos, o nosso planeta leva exatos 86.400 segundos (ou 24 horas) para realizar o movimento completo de rotação da Terra. Desde 2020, no entanto, o planeta está mais “apressadinho”.
Até aquele ano, o menor tempo de deslocamento já registrado por relógios atômicos era de -1,05 ms. Isso significa que a Terra completou uma rotação em relação ao Sol em 1,05 milissegundo, ou seja, um instantinho antes de completar os 86.400 segundos.
Desde então, porém, a Terra conseguiu quebrar esse recorde todos os anos em cerca de meio milissegundo, conforme explica o astrofísico.
“O dia mais curto de todos foi de -1,66 ms em 5 de julho de 2024. Espera-se que a Terra se aproxime novamente desse valor em 2025, por volta de 9 de julho, 22 de julho e 5 de agosto”, disse o especialista.
Jones explica que essas variações de tempo são afetadas pela órbita da Lua. Nosso planeta gira mais rápido quando a posição da Lua está bem ao norte ou ao sul do equador da Terra.
“Por que a Terra acelerou e quando desacelerará novamente? Essas são perguntas difíceis. Variações de longo prazo na velocidade de rotação da Terra são afetadas por uma longa lista de fatores que inclui o movimento complexo do núcleo, dos oceanos e da atmosfera da Terra”, acrescentou ele.