Julho é tempo de desacelerar, se reconectar com a cidade e cuidar do corpo e da mente. É com essa proposta que a Prefeitura de Belo Horizonte preparou uma programação gratuita e diversificada nos museus da capital. As atividades vão de oficinas e contações de história até práticas corporais, como yoga.
A iniciativa envolve os seis museus municipais — três localizados na Pampulha e três no Centro — e tem como público-alvo toda a família, “desde a criança até a turma mais experiente”.
Para explicar como a programação foi organizada, Ana Paula Portugal, coordenadora do Museu Histórico Abílio Barreto, conversou com a 98 News nesta quarta-feira (16/7). Segundo ela, a ideia é valorizar a relação dos museus com o cotidiano da cidade.
“Julho realmente é esse momento de desacelerar, de curtir a cidade. A cidade está super bonita, toda florida. Tá linda nesse tempo gostoso. É uma programação diversa, mas que também enfatiza essa relação dos museus com a cidade, a preservação do patrimônio cultural, essa relação com a natureza, com o bem-estar, com o bem-viver”, explicou Ana.
Museu como extensão da cidade
Questionada sobre o desafio de aproximar os museus da população, Ana destacou o papel social das instituições. “A gente tem essa missão, essa função social importante na cidade, de preservação de todo esse patrimônio cultural, desse legado. E o nosso desafio é fazer essa difusão para todos os cidadãos da cidade, né? Para os moradores, para os turistas também.”
Ela ressaltou que os museus municipais possuem setores educativos com programações permanentes e gratuitas. A ideia é atrair novos públicos com atividades que envolvem desde o artesanato até a prática de yoga.
“Todas as programações são gratuitas. A gente faz também atividades que tragam bem-estar, que tragam novos públicos ao museu, que as pessoas entendam que o museu tá ali”, completou.
Yoga, oficinas de moda e o pôr do sol
Entre as atividades programadas, estão oficinas têxteis no Museu da Moda, práticas de yoga na Casa do Baile e visitas aos jardins do Museu Casa Kubitschek. A coordenadora destacou a importância de tornar os museus locais de fruição.
“Os museus não são só lugares de coisas velhas, ao contrário. A gente sempre traz discussões de temas contemporâneos. É um movimento mundial: os museus também são lugares do bem-viver.”
Ela citou ainda iniciativas em outros países onde médicos prescrevem visitas a museus como parte de tratamentos de saúde mental. “É um momento de reflexão, de paz. Cada um vai ali dentro da sua bagagem percebendo o que gosta.”
Uma das ações que mais chama a atenção é a Casa 360, uma contemplação do pôr do sol na Casa do Baile. Em meio ao inverno seco de Belo Horizonte, o céu laranja da Pampulha oferece uma experiência visual única.
Como participar
As atividades estão disponíveis nos perfis de Instagram de cada museu e também no Portal Belo Horizonte. Algumas oficinas exigem inscrição prévia, que pode ser feita pelo e-mail [email protected].
“O convite está feito. Você que está com filho ou filha em casa, leve ao museu. Vamos conhecer um pouco da história de Belo Horizonte, de Minas, do Brasil e do mundo”, concluiu Ana Paula.