Inovação na mineração: inteligência artificial aprimora empilhamento de rejeito a seco no Brasil

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Inteligência artificial tem aprimorado a operação de empilhamento de rejeitos. (Créditos: Freepik)

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O setor de mineração vem, cada vez mais, utilizando novas tecnologias para aumentar a segurança, principalmente no empilhamento de rejeitos a seco. Inteligência artificial, satélites, radares de monitoramento ultrassensíveis e novos sistemas de filtragem mais potentes e sustentáveis estão entre as ferramentas que têm recebido investimentos.

Em Minas Gerais, as mineradoras têm usado os novos recursos tecnológicos nas operações que compõem as estruturas das pilhas de rejeitos em sistemas de filtragem da água, no reaproveitamento dos rejeitos junto à indústria e nas técnicas de empilhamento.

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Programas de computadores são utilizados no gerenciamento dos dados escaneados das pilhas e, assim, permitir uma maior liberação das camadas. O diretor técnico de desenvolvimento do negócio da mineradora Itaminas, André Maciel Machado, afirma que a tecnologia atua para reduzir o tempo de empilhamento e reforçar a confiança na operação.

“Temos avançado muito para diminuir o tempo do ciclo dos nossos filtros, e com isso reduzir a umidade no rejeito final. Nós já trabalhamos com a troca das lonas, o que aumenta a resistência mecânica delas, permite maiores pressões e retira mais umidade da lama ou do rejeito”, explica.

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Expansão da IA

A evolução das técnicas de empilhamento no Brasil também passa pelo uso de inteligência artificial. A consultora em mineração e professora do Instituto Minere, Rosyelle Corteletti, explica que, somente nos últimos seis anos, a técnica de monitoramento remoto dessas pilhas está sendo implantada de forma mais efetiva.

“Eu acredito que, no futuro, o monitoramento seja o que mais vai ser tendência na implantação da inteligência artificial para auxiliar nos processos do dia a dia das pilhas de estéreo e rejeito. Para a elaboração de projetos e sua operação, acho que vai demorar bem mais tempo”, afirma.

Em Conceição do Pará, a tecnologia é usada para melhorar as estratégias de monitoramento na mina Turmalina, após o deslizamento de uma pilha de rejeitos em dezembro. A Jaguar Mine, dona da estrutura, instalou georadares de última geração, que identificam movimentações mínimas em áreas subterrâneas por meio de tecnologia ligada à satélites.

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Reaproveitamento de rejeitos

Soluções tecnológicas para reaproveitamento de rejeitos junto à indústria também têm atuado para garantir mais segurança e economia no empilhamento.

Startup mineira que atua em soluções para reaproveitamento desenvolveu recentemente um aditivo baseado em resíduos, que serve para melhorar a performance da estabilização das pilhas.

“Conseguimos fazer o reaproveitamento num menor tempo e garantir que a estabilidade dessa pilha fique mais resistente ao aplicar o material que a gente desenvolveu”, destaca Athos Lima, CEO da Geeco Materiais e Engenharia.

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Marcelle Fernandes

Jornalista com foco em produção multimídia e passagem pela comunicação de empresas públicas, privadas e agências de comunicação. Atuou também com produção para jornais, revistas, sites, blogs e com marketing digital e gestão de conteúdo.

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