O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) protagonizaram um bate-boca durante uma sessão no Congresso, nesta quinta-feira (15/5). O motivo da discussão foi a investigação sobre fraudes no INSS, que teriam ocorrido desde 2020.
A troca de acusações entre o ministro e o senador reflete a disputa política sobre quem deve ser responsabilizado pelas falhas no controle do sistema previdenciário. Moro, que ocupava o Ministério da Justiça na época das primeiras denúncias, negou que tenha sido informado sobre o esquema.
No 98 Talks desta quinta, Paulo Leite e Gustavo Figueroa analisaram a situação e os reflexos dela no cenário político brasileiro.
Para Figueroa, a postura do ministro Wolney Queiroz evidenciou um despreparo. “Quando você está uma pessoa em condições de ser questionada, ela não pode ter uma postura como o Ministro da Justiça. Ele foi muito mal instruído, ele não pode entrar numa rota de discussões como ele fez, sabendo que ele está completamente errado, né? Então, o que evidencia para mim nessa discussão é que ele foi totalmente mal assessorado e evidencia um desespero”, disse.
Paulo Leite concordou com os questionamentos de Sergio Moro e chamou atenção para situação do INSS no país. “Há um desequilíbrio etário no Brasil, a população brasileira tá ficando mais velha e nós temos aqui aquela teoria relativa em que quem está na atividade paga aqueles que estão aposentados. Isso é surreal, né?”, pontuou.