A Prefeitura de Contagem reiterou que as obras do Rodoanel Metropolitano seguem paradas no município. Por meio de nota, o Executivo Municipal informou que as negociações com o governo estadual “estão paralisadas”.
“A gestão municipal, que já se posicionou contrária ao traçado originalmente proposto, apresentou uma nova proposta alternativa em conjunto com a Prefeitura de Betim. No entanto, o projeto não teve retorno por parte do governo estadual”, afirmou a gestão de Marília Campos (PT) no comunicado.
Declaração chega no mesmo dia em que o governador Romeu Zema (Novo) publicou um decreto que visa acelerar o licenciamento ambiental no Rodoanel Metropolitano. A via é uma alternativa do Governo de Minas para diminuir o fluxo de veículos pesados no Anel Rodoviário.
O decreto, que está no Diário Oficial do Estado, declara como empreendimento estratégico para fins de licenciamento ambiental especial as obras do Rodoanel. Estão no bojo da decisão as atividades de elaboração de projetos, bem como sua construção, operação e manutenção. O trajeto enfrenta dificuldades devido a questões ambientais e de desapropriação e é questionado, principalmente, pela Prefeitura de Contagem.
Em nota, a Prefeitura de Contagem ressaltou que “o decreto não altera a posição da Prefeitura, que se mantém contrária ao traçado proposto, e aberta ao diálogo para discutir a proposta alternativa apresentada”.
Betim
Em comunicado, a Prefeitura de Betim afirmou que desde janeiro estabelece “diálogo direto e constante com o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Bruno Barros”, o que permite “grandes avanços nas discussões sobre o traçado do Rodoanel Metropolitano. “O Estado apresentou nova proposta, com alterações importantes, que a cidade passa a compreender como positivas para nossa realidade”, disse.
Entretanto, há preocupação por parte do município quanto às desapropriações. “O entendimento é que esse processo pode se tornar muito oneroso”, contrapõe o Executivo Municipal.
Em suma, a Prefeitura de Betim reconhece a “disposição” do Estado em atender às demandas municipais e vê o posicionamento como um sinal de “respeito e cooperação”.