O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, na manhã desta quarta-feira (23/7). Em publicação no X, o parlamentar afirmou que Zema seria parte de uma “turminha da elite financeira”, em resposta a uma entrevista do governador relacionando a “diplomacia paralela” de Eduardo nos Estados Unidos a um “problema” para a direita brasileira.
Primeiro, o deputado rebateu a fala de Zema com ataques indiretos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Deve ter sido eu quem mandou prender velhinhas de 70 anos pelo resto da vida na prisão. Deve ter sido eu quem mandou prender parlamentar por uma década, por um mero vídeo na internet. Deve ter sido eu que desrespeitei todas as mais básicas liberdades individuais. Deve ter sido eu quem anulou o Poder Legislativo e instaurou uma tirania de lunáticos no país”, disse.
Depois, o parlamentar direcionou as críticas ao governador. “Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver”, registrou.
Além das falas, a publicação de Eduardo traz o recorte de uma matéria com o governador na capa e o título: “Eduardo criou ‘problema’ para a direita, diz Zema”.
Deve ter sido eu quem mandou prender velhinhas de 70 anos pelo resto da vida na prisão.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 23, 2025
Deve ter sido eu quem mandou prender parlamentar por uma década, por um mero vídeo na internet.
Deve ter sido eu que desrespeitei todas as mais básicas liberdades individuais.
Deve ter sido… pic.twitter.com/LOjxNJ6NzX
A reação do deputado veio após entrevista do chefe do Executivo mineiro ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na última segunda-feira (21/7). Na conversa, Zema afirmou que a atuação de Eduardo nos EUA pode ter contribuído para o tarifaço anunciado pelo presidente americano.
“A posição que foi adotada não foi a mais correta pelo filho do ex-presidente [Jair Bolsonaro]. Acho que isso acabou causando um problema para a direita. Mas isso vem de todo esse outro contexto, que não sabemos o que é. O presidente americano é totalmente imprevisível”, disse Zema ao Estadão.