Nesta terça-feira (10/06), em interrogatório realizado na ação penal para tratar de uma suposta trama golpista, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, foi perguntado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, se havia se reunido com seu ex-assessor Felipe Martins e com um advogado para tratar de uma minuta de decretos que quebrariam a normalidade democrática. Bolsonaro negou a acusação.
“Para tratar de minuta não. Ele (Felipe Martins) esteve várias vezes no Alvorada (Palácio), não foi uma vez só. Raras vezes conversei com ele. Ele não é pessoa adequada para tratar de minuta, seja qual for (…) Eu refuto qualquer possibilidade de falar em minuta de golpe ou uma minuta que não esteja enquadrada dentro da Constituição brasileira”, afirmou
Bolsonaro ainda completou dizendo que “quando se trata de minuta, dá-se a entender que é uma minuta do mal. Porém, o ex-presidente afirmou que não teria saído do lado da Constituição brasileira, ou ido em direção a uma possível conspiração.
No entanto, Bolsonaro afirmou que se reuniu com Felipe Martins no Palácio da Alvorada. O ex-presidente, ainda assim, negou que a reunião tratasse da minuta questionada.
“Não conversei sobre essa minuta, fui bater um papo apenas. Teve um padre presente também, não me lembro o nome dele. Era comum padres e pastores irem orar no Alvorada e eu atendia todo mundo. Muitas vezes, entrava uma pessoa e tinha mais quatro no carro. Nem sempre eu atendia todo mundo, geralmente eu estava na parte domiciliar, que é em cima e às vezes eu descia para atender às pessoas lá em baixo, onde era o escritório da Presidência”, disse Jair Bolsonaro
*Estagiário sob supervisão do coordenador Wagner Vidal