Durante a sessão que analisa a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado, nesta quarta-feira (26/3), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, decidiu mostrar um vídeo para comprovar a “materialidade” dos crimes cometidos no 8 de janeiro, mostrando a gravidade do caso “ao invés de falar meia hora”
A gravação mostrou, por exemplo, os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército e atos violentos no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Moraes, “não há dúvida” da materialidade dos delitos, narrados em sequência pela PGR.
“Isso não é violência?”, questionou Moraes ao mostrar o vídeo. “Ninguém estava passeando”, seguiu, indicando que é possível ver pedidos de intervenção nas imagens. O ministro chegou a se referir ao 8 de janeiro como “uma verdadeira guerra campal”. “Nenhuma bíblia é vista, nenhum batom é visto. Agora, a depredação e o ataque ao patrimônio é visto”, destacou.
Moraes também indicou que servidores, policiais, foram feridos gravemente. “É um absurdo pessoas dizerem que não houve agressão (no 8 de janeiro) e consequentemente não houve materialidade”, destacou. O vídeo mostrado no Plenário da Primeira turma mostrou o capacete de uma policial ferida no 8 de janeiro, o qual foi classificado por Moraes como símbolo da violência.
Segundo o ministro, houve uma “tentativa de golpe de estado violentíssimo”, com “incivilidade total” e “violência selvagem”