Senadores e deputados de oposição protestam, nesta terça-feira (5/8), no Congresso Nacional, após a determinação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em ação conjunta, congressistas ocupam as mesas diretoras dos plenários do Senado e da Câmara e prometem permanecer nos locais até que os presidentes das casas aceitem duas pautas: a anistia geral e irrestrita para os condenados por 8/1 e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Em coletiva de imprensa em frente ao Congresso, integrantes do grupo criticaram a decisão de Moraes emitida nessa segunda-feira (4/8). Líder da oposição no Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) explicou que as medidas exigidas pela oposição visam “pacificar” o Brasil. “Vamos obstruir as sessões. O Senado já está com cinco senadores sentados na mesa. É uma medida extrema, nós entendemos, mas já fazem mais de 15 dias que eu, como líder da oposição, não consigo interlocução com Davi Alcolumbre”, comentou.
Além da anistia e do impeachment de Moraes, a oposição exige ainda a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o fim do foro privilegiado. Dessa forma, o ex-presidente Bolsonaro não seria mais julgado pelo Supremo, mas pela primeira instância.
Apesar de exigirem as medidas para “pacificar o Brasil”, como disseram os parlamentares, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que o grupo estava “se apresentando para a guerra”. “Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”, afirmou.
O deputado Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara, e o senador Davi Alcolumbre (União), presidente do Senado, não se manifestaram sobre a ação da oposição até a publicação desta reportagem.
Com informações de Agência Brasil