O vice-governador de Minas Gerais, Matheus Simões (PSD), avaliou as movimentações pré-eleitorais para 2026 no Estado e defendeu que a disputa ao Governo exige prioridade absoluta. Em entrevista à 98 News, nesta terça (19/11), ele comentou a oficialização da pré-candidatura de Gabriel Azevedo (Avante) e a decisão do senador Rodrigo Pacheco (PSD) de não concorrer ao Executivo mineiro, além de reforçar o processo de união da centro-direita.
“Acho que o mais importante que a gente observa nessas últimas semanas é que a centro-direita vai se unificando”, disse Simões ao sinalizar apoio e diálogo entre interlocutores do mesmo espectro político. Segundo ele, Nikolas Ferreira (PL), Domingos Sávio (PL) e o senador Cleitinho (Republicanos) atuam de forma articulada para construir uma aliança competitiva ao Governo de Minas Gerais.
PT sem nomes viáveis: ‘o campo está vazio‘
O vice-governador criticou o cenário da oposição no Estado: “Do lado do PT, o campo está vazio porque não há candidatos, efetivamente, do PT que tenham condição de disputar a eleição. O motivo é simples: o mineiro lembra do que aconteceu a última vez que o PT governou.”
Gabriel Azevedo e Rodrigo Pacheco: Governar Minas exige prioridade
Ao comentar a intenção de Gabriel Azevedo disputar o Governo, Simões reconheceu méritos, mas criticou o fato de ele ter apresentado inicialmente projeto para a Prefeitura de Belo Horizonte.
“Gabriel Azevedo foi meu aluno, foi meu colega. É um quadro político que eu respeito. Mas ele mesmo disse que quer ser prefeito de Belo Horizonte. Ser governador do Estado não pode ser segunda opção de carreira de ninguém”, disse. Ao comentar a desistência do senador Rodrigo Pacheco de disputar o Governo, disse que a posição não pode ser “prêmio de consolação”. “Ser governador de Minas Gerais não pode ser plano de prêmio de consolação. Isso demanda atenção, conhecimento, dedicação.”
Simões assume o Governo em março de 2026
Com a provável saída do governador Romeu Zema no próximo ano para disputar vaga no Senado, Simões falou sobre a transição: “Tenho que preparar o Estado, já que o governador anunciou que em março eu assumo o governo definitivamente.”
Ele afirmou que segue focado na gestão e que só faz sentido discutir eleição se houver entregas concretas em saúde, educação, segurança e infraestrutura.
Vice do Novo? Simões diz que reivindicação é legítima
O presidente estadual do Novo, Cristofer Laguna, já havia declarado que as conversas com o PSD estão avançadas para que o vice na chapa de Simões seja indicado pelo partido de Zema. Simões confirmou a negociação. “O Novo fez uma reivindicação muito justa de compor uma das vagas.”
Chapa majoritária em discussão: governador + vice + dois candidatos ao Senado
Segundo Simões, nove partidos já dialogam na construção da chapa para a disputa pelo Governo de Minas:
- PSD
- Novo
- União Brasil
- PP
- Mobiliza
- Podemos
- Solidariedade
- PRD
- Democracia Cristã
Essas siglas representam, juntas: mais de 40% do tempo de TV e base superior a 50 deputados estaduais.
Apesar do avanço, nada está fechado. “É difícil dizer nesse momento que a chapa dos quatro, governador, vice e dois senadores, está fechada. Ainda tem muita coisa para acontecer.”
PL pode indicar um senador na chapa de Simões
Simões confirmou que negocia com o PL a indicação de um dos nomes ao Senado como parte da formação da chapa estadual e que o pleito foi reforçado por Jair Bolsonaro.
“O presidente Bolsonaro tinha dito que gostaria de colocar um senador do PL na minha chapa, e eu estou pronto para isso, aberto para isso. Faz sentido a gente construir esse nome. Tem vários nomes colocados lá no PL.”
Ele reforçou que o processo ainda exige paciência. “Tem que esperar um pouco para ver a água passando debaixo dessa ponte. Ainda tem muita coisa para acontecer”, disse.
