O presidente Lula concebeu uma entrevista exclusiva ao jornal Estado de Minas, na qual ele afirmou que Minas Gerais recebe mais do que merece do Governo Federal. Durante o Central 1ª edição, Paulo Leite contestou essa afirmação. “Minas Gerais é um dos principais estados produtores desse país e recebe migalhas do Governo Federal”, pontou.
Paulo ainda criticou a alegação de Lula de que a boa economia mineira seria fruto da economia nacional, afirmando que “o ambiente para negócios, o ambiente para desenvolvimento em Minas Gerais é extremamente superior ao ambiente de negócio e desenvolvimento no Brasil”.
Em seguida, o foco da discussão se voltou para o aumento da passagem de ônibus, que saltou de R$ 5,25 para R$ 5,75. “Nós sempre nos posicionamos aqui contrários aos aumentos nas passagens de ônibus, mas não é contrário ao aumento pela simples análise econômica. É, contrário aos aumentos nas passagens de ônibus pelo serviço que é oferecido”. Para o colunista, é inaceitável majorar o preço de um serviço que apresenta queda constante de qualidade.
Paulo Leite apontou diversos problemas no serviço, como falta de pontualidade, má qualidade na prestação do serviço e volume insuficiente de ônibus. Ele rebateu o argumento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SETRA) sobre a redução no número de passageiros, afirmando que “reduziu o número de passageiros dentro dos ônibus porque o serviço é muito ruim, é uma consequência natural”.
O colunista elogiou a iniciativa da Câmara Municipal em criar uma comissão especial para derrubar o aumento, considerando-o “um aumento espúrio, um aumento sem nenhuma explicação”. Ele também defendeu uma discussão profunda sobre a concessão do transporte público em Belo Horizonte.
Paulo ainda criticou a falta de integração metropolitana no sistema de transporte, considerando um “sistema burro” que obriga os passageiros da região metropolitana a utilizarem ônibus separados para se deslocarem. Ele mencionou o presidente da Granbel e prefeito de Nova Lima, João Marcelo, como uma figura que poderia liderar um movimento de integração.
O colunista reiterou que o SETRA parece focar apenas no fornecimento de ônibus, e não na mobilidade em si, e criticou a prefeitura pela falta de preparo para discutir essa questão. Ele finalizou expressando a esperança de que a comissão da Câmara reverta o aumento e que o contrato de concessão seja revisto rapidamente, até mesmo com a possibilidade de cancelamento do contrato vigente. Leite explicou que, caso a comissão aprove um projeto de resolução para reduzir a tarifa, essa medida não dependeria da sanção do prefeito para entrar em vigor.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira.