O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), esteve em Brasília nesta quarta-feira (4/6), e se reuniu com o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, para tentar negociar os prazos de análise das empresas mineiras que podem ser federalizadas no âmbito do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).
Após a reunião, Mateus Simões afirmou que, inicialmente, o BNDES não vai conseguir cumprir os prazos estabelecidos pelo Ministério da Fazenda para avaliação dos bens que Minas deseja repassar à União, e criticou mais uma vez o governo federal.
O prazo estabelecido pela União para avaliação dos ativos mineiros para adesão do estado ao Propag vai até 30 de outubro.
“Vim aqui em Brasília para entender como é que a gente cumpre esse prazo de avaliação das empresas, já que o banco do governo federal diz que não vai cumprir esse prazo de avaliação”, afirmou Simões.
Mateus Simões disse que processos semelhantes levaram de nove a 17 meses para serem concluídos, segundo histórico do BNDES. Entretanto, evitou dizer que a adesão de Minas ao Propag vai ficar inviável, e pontuou que “tudo que está ao alcance do estado está sendo feito.”
“A CBTU, que é a nossa companhia de transporte urbano, a avaliação demorou 17 meses aqui no BNDES. Depois eles apresentaram outros processos que eles consideram os mais rápidos que eles já fizeram, que demoraram nove meses”, explicou.
Segundo o vice-governador, sem a avaliação e votação de três projetos do Propag na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, sendo dois relativos à federalização da Copasa e da Cemig, não vai ser possível negociar com o BNDES.
O vice-governador ainda pontuou que solicitou ao BNDES o estabelecimento de pelo menos um valor de referência para os ativos que o estado está colocando à disposição para a federalização.
A intenção é que Minas tenha pelo menos uma base dos valores dos ativos para saber se vai conseguir abater os 20% necessários para ter o desconto da dívida por meio do Propag.