O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), voltou a cobrar atenção ao setor agropecuário do estado e criticou o volume de recursos anunciado pelo Governo Federal para o Plano Safra 2024/2025. Segundo Simões, o crescimento dos recursos ficou abaixo da inflação, o que, na prática, representa uma redução no apoio financeiro aos produtores. Ele falou sobre o assunto nesta quarta-feira (2/7).
“Dizer que a área rural merece a nossa atenção, porque ela representa 24% da nossa economia”, afirmou o vice-governador. Ele destacou que, pela primeira vez na história de Minas, o agronegócio superou a mineração nas exportações do estado. “O agro representa na exportação mais do que a mineração e o café representa na exportação mais do que o minério de ferro”, ressaltou.
Apesar de reconhecer o anúncio do Plano Safra como positivo, Simões alertou para o impacto da inflação sobre o setor.
“Recebemos ontem com satisfação o anúncio de que o Plano Safra cresceu, mas cresceu menos do que a inflação. Então, o Plano Safra, na verdade, apesar do Governo Federal dizer que ele tá maior do que o ano passado, ele tá menor do que o ano passado”, afirmou.
Segundo ele, enquanto a inflação acumulada foi de 5%, o volume de recursos para o setor cresceu apenas 1%.
O governo mineiro, segundo o vice-governador, vai atuar para tentar amenizar os efeitos dessa defasagem. “Vamos distribuir as linhas do Plano Safra através do BDMG em Minas Gerais e também através das instituições federais para garantir o financiamento da safra do ano que vem”, garantiu.
Simões também demonstrou preocupação com o impacto da alta dos juros sobre os produtores rurais. Segundo ele, é fundamental que o Plano Safra seja ampliado caso necessário, principalmente no que diz respeito ao financiamento de máquinas agrícolas. “Os nossos agricultores precisam renovar seu parque de máquinas e, infelizmente, a inflação tá aí”, concluiu.