Em entrevista na Jovem Pan News nesta quinta-feira (31/7), o governador de Minas Gerais minimizou possíveis rachas junto a representantes da direita motivados pelo tarifaço imposto por Trump ao Brasil.
Questionado se acha que a crise nas exportações pode gerar divisões na direita, no contexto das eleições presidenciais de 2026, Zema disse que vários candidatos do espectro político dele devem se apresentar no primeiro turno das eleições.
“O cenário que se desenha é que a direita terá alguns candidatos no primeiro turno. Conversando com o presidente Bolsonaro há 15 dias, ele inclusive concorda que isso é o melhor”, disse o vice-governador, que já se coloca como pré-candidato ao Planalto.
Zema acredita, no entanto, que haverá uma união da direita no segundo turno. “No segundo turno, com toda certeza, a direita vai estar unida em torno do candidato que passar”, disse.
‘Possibilidade real de Zema se tornar presidente do Brasil’
O presidente do Novo em Minas Gerais, Christopher Laguna, comentou as movimentações do partido em entrevista na 98 News na segunda-feira (28/7). “Temos duas vertentes aí. Primeiro, é a terceira campanha presidencial do Novo. Na primeira, saímos com o Amoêdo, depois com o Dávila, agora a pretensão é com o Romeu Zema”, disse. “Isso é importante para o partido. E o segundo ponto é que a gente vê no Zema uma possibilidade real de se tornar presidente do Brasil”, afirmou.
‘CEO do Estado’ e campanha nacional
Segundo Laguna, o partido decidiu antecipar o lançamento da pré-campanha para dar tempo de apresentar Zema ao restante do país. “Ele é o governador que mais visitou municípios em Minas. Já foram mais de 350. Ele é um CEO do Estado. Mas e o paulista conhece? O paranaense conhece? O capixaba conhece? Não.”
A prioridade inicial da agenda será o Sul e Sudeste, regiões onde o partido acredita ter mais aderência e onde estão possíveis aliados para uma candidatura de unificação da direita. “Tem uma frase do Muhammad Ali: ele treinava a direita todo dia porque, quando ela entrasse, o adversário caía. Aonde eu consigo ser mais rapidamente conhecido? No Sul e Sudeste. E dali pode sair a união da direita.”
Diálogo com a direita e incerteza sobre Bolsonaro
Laguna confirmou que há conversas com outros nomes do campo conservador. “Se o Bolsonaro vier, provavelmente nós não iremos. Mas se ele não estiver no pleito, como a direita vai se reorganizar? Ela estava muito organizada na figura dele, agora ganhou uma amplitude maior.”
A ideia, segundo o presidente do Novo em Minas, é articular um nome viável a partir do núcleo dos governadores do Sul e Sudeste, o Consórcio COSUD (Consórcio de Integração Sul e Sudeste). “São bons governadores. Se o candidato for do Sul ou Sudeste, um vice do Norte ou Nordeste será extremamente necessário.”