Ao vivo
98 No Fundo do Baú

Paciente com braço quebrado fica mais de uma semana na espera por cirurgia em BH

Siga no

Leonardo ficou quatro dias internado no Hospital João XXIII até ser transferido para o Hospital Maria Amélia Lins (Google Street View/Divulgação)

Um morador de Belo Horizonte precisou fazer uma vaquinha, nas últimas semana, para conseguir fazer um cirurgia no braço quebrado. Leonardo Bridges Picanço sofreu a fratura em 21 de abril uma queda na rua, na região Centro-Sul de BH. Ele ficou oito dias aguardando por uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em conversa com a Rede 98, Leonardo disse que ficou quatro dias internado no Hospital João XXIII até ser transferido para o Hospital Maria Amélia Lins, ambos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Por lá, o paciente também permaneceu por quatro dias com o braço quebrado e sem previsão para que a cirurgia fosse realizada.

“Eu quebrei o cotovelo, que é mais complicado. Conversei com alguns médicos por fora e eles me disseram que se eu não fizesse essa operação até duas semanas da queda eu iria ficar com sequela no braço. E aí eu fugi do hospital, não estava aguentando mais. Eu tentei buscar os meus exames, mas eles descartaram porque eu desertei, de acordo com eles”, explica Leonardo.

Com a ajuda de amigos, ele conseguiu arcar com a cirurgia em um hospital particular e agora está em recuperação. Em nota enviada à 98, a Fhemig informou que “os pacientes são liberados e agendados pela equipe de Cirurgia do Hospital João XXIII, de acordo com as condições clínicas de cada caso”.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“A coordenação médica e os plantonistas estão à disposição do paciente para os esclarecimentos necessários. O Complexo Hospitalar de Urgência está empenhado em otimizar seus processos e melhorar continuamente a assistência prestada à população”, finalizou a fundação.

Médico explica riscos da demora no atendimento

De acordo com Arthur Teixeira, Ortopedista e Traumatologista do Hospital Belo Horizonte, a demora para realizar a operação, após fraturas desta natureza, podem resultar em sequelas permanentes. O ideal, segundo ele, é que a cirurgia ortopédica seja realizada em até duas semanas após a lesão.

“As cirurgias têm o objetivo de manter o osso mais perto do que é naturalmente, para que o paciente não sofra nenhuma perda de função daquele membro. Se não fizer a cirurgia em tempo hábil, corre o risco de o osso colar em uma posição diferente da habitual, ocorrendo desvios. O membro pode ficar torto e isso pode acarretar em uma perda da função”, explicou ele.

O médico também esclarece que o procedimento varia de acordo com o osso e o membro que foi lesionado. Caso haja suspeita de fratura, o paciente deve procurar uma unidade de pronto-atendimento o mais rápido possível.

“O que não se deve é ficar sem atendimento. E isso deve ser feito na suspeita de ter algum tipo de lesão, porque muitas vezes o próprio especialista vai ter alguma dúvida da avaliação inicial e vai ter que pedir exames de imagem”, observou.

Reabertura do Hospital Maria Amélia Lins

O atendimento no Hospital Maria Amélia Lins, localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi retomado de forma gradual pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) no início de abril após decisão judicial que determinou a volta dos trabalhos no local.

O juiz Wenderson de Souza Lima, da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, atendeu pedido do Ministério Público de Minas Gerais que solicitou a retomada do uso de 41 leitos de enfermaria e a reativação do bloco cirúrgico da unidade.

O magistrado estipulou uma multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento da deliberação, limitada ao teto de R$ 1 milhão.

Ainda neste mês, a 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) manteve a decisão que proibiu, por meio de liminar, a Fhemig de assinar o contrato de terceirização do hospital.

Siga no

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

Webstories

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Saúde

Postos de saúde serão abertos no sábado em BH para atender casos de gripe

Temperatura em Belo Horizonte segue em baixa até domingo; confira a previsão

Governo de Minas fecha acordo de desapropriação para obras da Linha 2 do metrô

Estudante da UFMG cria teclado ergonômico para evitar tendinite

Minas tem média de seis acidentes por dia com motoristas inabilitados em 2025

Anvisa proíbe a bala gummy à base de tadalafila

Últimas notícias

Após vitória na Sula, Cuca já foca no clássico e evita falar em favoritismo

Rony celebra vitória na Sul-Americana e mira Cruzeiro: ‘Clássico é decidido nos duelos’

Atlético derrota o Caracas-VEN e encaminha classificação na Copa Sul-Americana

Torcedor viaja 514 km para ver o Galo, mas descobre que jogo será sem público

Ednaldo Rodrigues tenta barrar novo afastamento da presidência da CBF

Novo ministro da previdência e Moro trocam acusações em discussão

Zema entra na onda dos bebês reborn para criticar governo Lula

Ibovespa tem alta histórica e dólar dispara em meio a temores fiscais no Brasil

MEC divulga vagas restantes do FIES para primeiro semestre de 2025