PUBLICIDADE
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Lula detalha prioridades do governo ao sancionar isenção do IR até R$ 5 mil; veja ponto a ponto do discurso

Siga no

Durante a cerimônia em Brasília, que reuniu ministros, parlamentares e o vice-presidente Geraldo Alckmin, Lula voltou a criticar as distorções do sistema tributário brasileiro (Ricardo Stuckert/PR)

Compartilhar matéria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira (26/11), a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Durante a cerimônia em Brasília, que reuniu ministros, parlamentares e o vice-presidente Geraldo Alckmin, Lula voltou a criticar as distorções do sistema tributário brasileiro.

Ele destacou que dividendos e bônus de executivos continuam isentos, enquanto trabalhadores pagam imposto sobre participação nos lucros, e defendeu mudanças que tornem a cobrança mais justa. Além das novas regras do Imposto de Renda, Lula tratou de uma série de outros temas. Veja, a seguir, os principais pontos do discurso do presidente:

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Alckmin e elogios à parceria no governo

Lula abriu a fala destacando a relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin, afirmando que a parceria entre os dois foi “química” e que dificilmente o país terá “um presidente com um vice dessa qualidade”. O presidente também agradeceu a ministros e parlamentares envolvidos na aprovação da nova faixa de isenção.

Boa parte do discurso foi dedicada à defesa da democracia. Lula destacou que o país voltou a “acreditar na política, na democracia e na possibilidade de viver na diversidade”. Para ele, o respeito e o diálogo são condições mínimas para o convívio democrático.

Críticas à velha política e práticas superadas

O presidente relembrou episódios de campanhas antigas, criticando práticas assistencialistas que, segundo ele, não ofereciam perspectivas reais à população. Citou distribuição de dentaduras e frentes de trabalho na seca como exemplos de políticas que não garantiam futuro aos mais vulneráveis.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Igualdade de oportunidades e combate ao racismo estrutural

Lula defendeu ações do Estado para ampliar o acesso a quem sempre esteve à margem. Disse não querer tirar espaço de uns para dar a outros, mas garantir oportunidades reais à população negra: “dar ao negro a oportunidade de ter o que ele nunca teve”. Também ressaltou que a pobreza atinge igualmente negros e brancos.

O presidente afirmou que a concentração de renda produz miséria, enquanto a distribuição por meio do consumo das famílias impulsiona toda a economia. Segundo ele, quando os mais pobres têm renda, toda a cadeia produtiva, inclusive os setores mais ricos, é beneficiada.

Fome, desigualdade global e indignação social

Lula citou dados sobre a produção mundial de alimentos e a persistência da fome em vários países. Disse que a desigualdade deve gerar indignação e afirmou ser impossível dormir tranquilo “se do lado alguém não pode comer”.

Tecnologia, robotização e desafios para o emprego

A robotização e a digitalização da economia também foram temas centrais. Lula afirmou que a promessa de que robôs tirariam “o trabalhador do pesado” não se concretizou e que o avanço tecnológico eliminou postos de trabalho. Ele levantou a preocupação sobre quem garantirá a sobrevivência dos trabalhadores que perderem espaço na economia digital.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Memórias de crises e reconstrução econômica

Lula relembrou o início de seu primeiro mandato, quando o país enfrentava dificuldades. Contou que temia o cenário econômico, mas destacou a quitação da dívida com o FMI e a construção de reservas internacionais que “até hoje sustentam o equilíbrio do país”.

Democracia como exercício cotidiano

Comparando a democracia à convivência familiar, Lula disse que governar exige concessões. Para ele, consensos são fundamentais para manter a estabilidade política e social.

Prioridades que o povo espera

O presidente afirmou que as demandas da população são básicas: comida, moradia e oportunidades para os filhos, e que essas garantias já estão previstas na Constituição de 1988, ainda incompletamente regulamentada.

Crise global da democracia e avanço da extrema direita

Lula comentou o crescimento da extrema direita no mundo, afirmando que esse movimento prospera quando a população deixa de acreditar na democracia. Segundo ele, discursos contra “o sistema” encontram terreno fértil onde o Estado não entrega políticas públicas adequadas.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Relações internacionais e autoestima nacional

O presidente defendeu que o Brasil precisa abandonar o “complexo de vira-lata” e se valorizar nas relações externas. Citou interações com países como os Estados Unidos e respondeu críticas à cidade de Belém com bom humor.

Sindicatos, cobrança e entregas do governo

Lula pediu que os sindicatos mantenham a pressão sobre o governo, afirmando que a política precisa ser constantemente cobrada. Ele lembrou que a nova faixa de isenção do IR era promessa de campanha e disse que outras entregas virão.

Julgamento do 8 de janeiro e defesa das instituições

Ao encerrar o discurso, Lula celebrou o julgamento dos envolvidos no ataque de 8 de janeiro. Citou a prisão Bolsonaro, afirmando que o país deu “uma lição de democracia ao mundo” e que pela primeira vez pessoas foram responsabilizadas por tentar um golpe de Estado.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Compartilhar matéria

Siga no

Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Política

‘Lição de democracia’, diz Lula sobre condenação de Bolsonaro

Bolsonaro e núcleo 1 passam por audiência de custódia nesta quarta-feira

Quatro presidentes brasileiros foram presos desde a redemocratização

Por unanimidade, STF valida prisões de Bolsonaro e mais 6 condenados

Com impacto bilionário, Senado aprova aposentadoria especial de agentes de saúde

Venda da Copasa: oposição aciona STF para suspender fim do referendo

Últimas notícias

Carreta tomba e interdita BR-381 em Brumadinho

Como sair de um emprego pela porta da frente

O verdadeiro papel do BNDES: estratégia nacional ou alinhamento político?

Privatização da Copasa: mito da tarifa alta e a realidade dos dados

BlackZAP BH: o canal oficial da Black Friday para lojistas de Belo Horizonte

De Moscou ao mercado: como a Rússia reposiciona a inteligência artificial

Bugônia: Lanthimos entrega mais um filme impossível de ignorar

Minas Gerais recebe mais de 62 mil doses da vacina contra bronquiolite pelo SUS

Prazo para regularização de jazigos em cemitérios de BH vai até dezembro