Você sabia que a Adidas e a Puma são resultado do ódio mortal entre dois irmãos alemães? E no meio dessa história tem um brasileiro que você conhece bem: o Pelé. Você acredita?
Bom, tudo começa na pacata cidade de Herzogenaurach, onde dois irmãos, Adolf e Rudolf Dassler, fundam a fábrica de sapatos Gebrüder Dassler. Juntos, Adi e Rudi criam as primeiras chuteiras e sapatilhas com cravos para atletismo, o que era uma revolução para a época.
E foi calçado com as sapatilhas dos Dassler que Jesse Owens levou quatro ouros na Olimpíada de Berlim em 1936, implodindo o mito da superioridade ariana.
Mas a guerra mudaria tudo. Rudolf, preso pelos aliados, acusou o irmão mais novo de tê-lo delatado. Foi o fim da Gebrüder Dassler e, obviamente, o fim da relação entre irmãos.
Adi funda então a Adidas — Adi, seu apelido, e Das de Dassler. Rudi respondeu criando a Puma. E foram crescendo na força do ódio.
Corta para a Copa de 1970. Adi e Rudi fazem um trato: Nenhum dos dois vai patrocinar o Pelé.
Foi um acordo verbal entre cavalheiros, o chamado Pacto Pelé. Só que a tentação falou mais alto. Armin Dassler, filho de Rudolf, que já estava adoentado, ofereceu a Pelé 120.000 dólares para que ele usasse as chuteiras Puma King.
E no jogo contra o Peru, nas quartas de final, Pelé se ajoelha no gramado para amarrar as chuteiras e a marca Puma invade os televisores do mundo inteiro em close-up e em cores pela primeira vez.
As vendas da Puma explodiram — e o rancor entre os Dassler também.
O ódio foi tanto que, anos depois, os dois irmãos foram enterrados em extremos opostos do mesmo cemitério.
Nessa treta, só quem saiu ganhando foi o Pelé.
