Diversas entidades manifestaram preocupação com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente estadunidense, Donald Trump, nessa quinta-feira (9/7). Da indústria ao comércio, o que se entende é que o cenário de ameaça à economia nacional deve ser tratado com diálogo e estratégia.
Tanto o Sistema Faemg Senar, quanto a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) mencionaram preocupação profunda com a tarifa, que, segundo Trump, passará a valer a partir de 1° de agosto
“O aumento das tarifas afeta diretamente o setor produtivo, especialmente as exportações do agronegócio brasileiro, com destaque para carnes, produtos florestais, café, suco de laranja, açúcar e etanol, que são os principais itens da pauta exportadora do Brasil para os EUA”, analisou a Faemg.
“Os Estados Unidos são um parceiro estratégico para o Brasil, em especial para a indústria manufatureira nacional. No caso de Minas Gerais, trata-se do principal parceiro da indústria de transformação do estado”, destacou a Fiemg.
Presidente da ACMinas, Cledorvino Belini afirmou que a medida de Trump se trata de uma “decisão unilateral”, que impõe “barreiras injustificadas a produtos brasileiros”.
Leia na íntegra o posicionamento das entidades
Faemg
O Sistema Faemg Senar manifesta preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
O aumento das tarifas afeta diretamente o setor produtivo, especialmente as exportações do agronegócio brasileiro, com destaque para carnes, produtos florestais, café, suco de laranja, açúcar e etanol, que são os principais itens da pauta exportadora do Brasil para os EUA. Além disso, tende a encarecer insumos importados e comprometer o desempenho das cadeias produtivas, prejudicando produtores e consumidores.
O Sistema Faemg Senar defende a diplomacia como instrumento de resposta a esse cenário. Reforça a importância do foco na retomada do diálogo e na preservação do ambiente de cooperação entre os dois países.
Fiemg
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) manifesta profunda preocupação com o recente aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
A FIEMG reforça a importância do diálogo e da cooperação entre os países, especialmente em um momento em que se exige serenidade e responsabilidade nas relações comerciais internacionais. Os Estados Unidos são um parceiro estratégico para o Brasil, em especial para a indústria manufatureira nacional. No caso de Minas Gerais, trata-se do principal parceiro da indústria de transformação do estado.
Diante desse cenário, a FIEMG entende que eventuais medidas de retaliação devem ser avaliadas com cautela, uma vez que podem trazer prejuízos significativos à sociedade brasileira e ao setor produtivo como um todo. Este é o momento de reavaliar posicionamentos, reconsiderar decisões e buscar soluções por meio do diálogo com esse parceiro estratégico.
ACMinas
A Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas recebeu com grande preocupação o anúncio feito pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma tarifa de 50% a partir de 1º de agosto sobre todas as exportações brasileiras enviadas para os EUA, além das outras taxas já existentes. A medida, classificada como um “tarifaço”, afeta diretamente a indústria nacional e mina a confiança nas relações comerciais entre os dois países.
Segundo o presidente da ACMinas, Cledorvino Belini, “a decisão unilateral dos Estados Unidos impõe barreiras injustificadas a produtos brasileiros, prejudicando setores estratégicos da nossa economia, em especial a indústria de base. Trata-se de um movimento que enfraquece o espírito de cooperação internacional e afeta empregos, investimentos e a competitividade de nossas exportações.”
O Brasil é parceiro histórico dos EUA no comércio internacional e sempre pautou sua atuação por uma diplomacia econômica aberta, baseada no diálogo e no equilíbrio entre as nações. Impor tarifas sem negociação prévia quebra esse entendimento e causa instabilidade nos fluxos comerciais.
A ACMinas reitera a importância de uma resposta firme, porém diplomática, por parte do governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, visando a reversão da medida e a preservação dos interesses da indústria nacional.
A entidade também destaca que esse episódio reforça a necessidade de diversificação dos mercados de exportação e o fortalecimento da diplomacia comercial brasileira, como forma de reduzir vulnerabilidades externas e proteger o setor produtivo nacional.