Estudo, planejamento e apoio técnico: os pilares para empreender como MEI, segundo especialista

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Figura do empreendedor “que vence na raça” pode ser um desserviço, diz especialista (Reprodução)

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Para quem deseja abrir um MEI (Microempreendedor Individual), mais do que vontade de empreender, é preciso ter estratégia, estudo de mercado e apoio técnico. A orientação é do professor de Direito Empresarial e coordenador dos cursos de Gestão e Negócios do UniBH, Everson Brugnara. Ele alerta que a romantização da figura do empreendedor “que vence na raça” pode comprometer a sobrevivência do negócio.

Segundo o Brugnara, muitos empreendedores iniciam atividades por necessidade, sem compreender o próprio plano de negócios ou as exigências do mercado. “É preciso entender que empreender no Brasil exige muito preparo. Não basta acreditar que o produto vai dar certo porque está na moda. É preciso estudar tendências, sazonalidades, e buscar formação”, afirma.

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Ele cita o Sebrae como uma das instituições que oferecem cursos gratuitos e apoio ao MEI, principalmente para quem está começando.

Brugnara também destaca que o empreendedor precisa de apoio profissional, como contadores e advogados. “Mesmo quem começa sozinho vai precisar de ajuda especializada para crescer, fazer contratos corretos, evitar problemas legais e lidar com a carga tributária”, explica. Para quem quer se capacitar, ele recomenda cursos tecnólogos, que duram em média dois anos, e até cursos livres, disponíveis em instituições como o Sebrae e o próprio UniBH.

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Apesar das dificuldades do ambiente de negócios no Brasil, o professor reconhece que o MEI é uma ferramenta importante. “O modelo tirou muita gente da informalidade e garante direitos, como acesso ao INSS. Mas é fundamental que as pessoas entendam que o estudo é peça-chave para o sucesso”, afirma.

Para quem está no início, a dica do especialista é clara: menos vídeos com “fórmulas mágicas” e mais leitura com base técnica. “Empreender não é sorte. É preparo, leitura de dados, gestão de pessoas e adaptação constante. Quem entende isso, aumenta muito as chances de manter o negócio vivo e em crescimento”, conclui.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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