E você, líder de uma equipe — já se sentiu esgotado, sobrecarregado porque estava o tempo todo tentando entender e resolver os problemas emocionais da sua equipe? A gente ouve que a inteligência emocional é a chave do sucesso, e é mesmo. Mas cuidado: ser muito empático pode ser a armadilha mais sutil para um líder.
O risco é cair naquilo que o psicólogo americano Daniel Goleman, um dos maiores nomes do assunto, já alertava: a empatia pode gerar fadiga quando não é equilibrada com a gestão das próprias emoções. Em vez de usar a inteligência emocional para decidir melhor, o líder a usa para absorver o sofrimento alheio. O resultado? O líder fica exausto e a equipe, sem direção clara. Não tente ser o líder terapeuta.
A sua função, líder, não é ser o ombro amigo sempre, mas sim o direcionador claro. A pergunta que não quer calar é: na hora de tomar uma decisão difícil, você consegue separar a compaixão legítima da necessidade de ser firme?
Para evitar essa armadilha, o caminho é desenvolver a empatia estratégica. Não é ser frio, é ser eficaz. Aqui vão algumas dicas:
Escute com foco — ouça o desabafo, mas defina um tempo.
Valide, não absorva — diga: “Eu entendo como você se sente”, mas não tome para si a responsabilidade de resolver um problema que é do outro.
Mude o foco para a ação — depois de validar o sentimento, pergunte: “O que você propõe para resolvermos isso juntos?”. Isso transfere a responsabilidade para a pessoa e a tira do papel de vítima.
Na próxima conversa difícil, não comece tentando consertar o emocional. Comece perguntando sobre a próxima ação.