Durante muito tempo, pensar em ambientes corporativos ou de consumo que acolhessem pais parecia um luxo ou uma pauta restrita ao marketing. Hoje, virou estratégia de sobrevivência para marcas e empregadores. O que mães e pais realmente querem? Nem bônus extravagantes, nem slogans sobre equilíbrio. Eles querem praticidade, empatia e um pouco de humanidade no cotidiano.
Nos Estados Unidos, a Fast Company reuniu centenas de mães para entender o que faz a diferença. As respostas são surpreendentemente simples: trocadores nos banheiros masculinos, bancos para amamentar, escadas infantis em lavatórios, cardápios mais leves e brinquedos em restaurantes. Pequenas soluções que economizam tempo e reduzem o estresse. E, no processo, fidelizam famílias inteiras.
Empresas como IKEA, Wegmans e Nordstrom criaram espaços acolhedores, lavabos amplos, zonas de descanso e menus que tratam o cliente infantil como alguém que também importa. A consequência direta: pais voltam, recomendam e se tornam embaixadores da marca. Tudo espontâneo.
No Brasil, ainda engatinhamos nesse movimento. Restaurantes sem trocadores, lojas sem acessibilidade e escritórios sem políticas reais de flexibilidade continuam sendo a regra.
O problema é que a nova geração de consumidores e de talentos observa atentamente quem age com coerência. Segundo a Start, os Gen-Z, nascidos entre 2000 e 2010, e os Alfa, nascidos entre 2010 e 2020, valorizam marcas que traduzem cuidado em atitudes concretas.
Negócios que investem em experiências compreenderam que, ao acolher famílias, vão construindo vínculos duradouros dentro e fora da empresa.
