Olá ouvintes da 98 News, vamos falar de estatísticas que chocam e chamam a atenção. O endividamento das famílias brasileiras, segundo o relatório do Banco Central de agosto e uma pesquisa da CNDL/SPC, para apresentar dicas de quem está nessa situação e dar a volta por cima.
De acordo com o Relatório Monetário de Crédito do Banco Central, 48,6% das famílias brasileiras estavam endividadas em agosto. Simultaneamente, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, cerca de 43% da população adulta está inadimplente, ou seja, já possui dívidas vencidas e ainda não pagas. Isso representa perto de 70 milhões de CPFs negativados.
Também foi apontado que 80% dos endividados já haviam figurado em listas de inadimplentes anteriores. A reincidência, então, é alta e ainda tem mais. O tempo médio entre a regularização de uma dívida e a contratação de uma nova foi de apenas 2 meses e meio.
Outro dado relevante: a taxa média de juros para novas contratações de crédito alcançou 31,8% ao ano, conforme o próprio Banco Central. E o índice do custo de crédito subiu para 23,4%, um aumento de 1,7 ponto percentual em 12 meses.
E como renegociar dívidas de forma inteligente? Organize-as. Liste tudo: credores, valores, juros, datas das últimas parcelas e a importância da dívida (moradia, energia, cartão de crédito etc.). Em seguida, separe o que é essencial, como casa e energia, e o que pode ser renegociado ou adiado.
Priorize as dívidas mais caras. Dívidas com juros altos, como o cartão de crédito e cheque especial, devem ser as primeiras da lista. Evite refinanciar dívidas com juros mais altos. Cuidado com propostas de trocar uma dívida antiga por um crédito pessoal novo. A taxa média do crédito pessoal ultrapassa 28% ao ano, o que pode piorar ainda mais a situação.
Revisar o consumo também é importante. Não adianta renegociar se continuar gastando além da renda, viu? Reveja as suas despesas fixas, corte serviços que são pouco utilizados e pratique um consumo consciente.
