Minas Gerais já aplicou mais de 11 milhões de doses de vacinas até julho, superando todo o volume registrado em 2024. O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Eduardo Prosdocimi, atribui o avanço a um conjunto de estratégias que inclui vacimóveis, vacinação em escolas, bonificação a municípios que ampliam a cobertura e capacitação técnica de profissionais.
Eduardo destacou que o Programa Mineiro de Imunizações prevê investimentos de R$ 500 milhões no ciclo 2023-2026, sendo R$ 165 milhões já aplicados e outros R$ 210 milhões programados para 2025 e 2026.
Segundo Prosdocimi, Minas possui o maior programa de vacinação do país e trabalha para atender realidades distintas dos 853 municípios, do menor, Serra da Saudade, com 866 habitantes, até Belo Horizonte, com mais de 2 milhões.
“O programa olha para as Minas e para as Gerais, financiando de acordo com as necessidades de cada território”, disse. As ações incluem parcerias com as áreas de saúde e educação, campanhas de mobilização e logística para garantir que a vacina esteja disponível “na ponta da linha”.
A estrutura montada pelo estado conta com 252 vans que percorrem o interior, ampliando o acesso e o incentivo financeiro às cidades que atingem ou superam metas de imunização. “Não é à toa que estamos vacinando mais. As pessoas estão tendo mais acesso e os municípios, mais recursos para investir”, reforçou o subsecretário. Ele também ressaltou o papel da imprensa na conscientização, levando informação clara e confiável à população.
Fakenews e o movimento antivacina
O subsecretário reconheceu que a desinformação sobre vacinas, intensificada após a pandemia de Covid-19, é um desafio adicional. Para combatê-la, Minas firmou parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do Observatório de Vacinação, promovendo oficinas e cursos de capacitação para profissionais de saúde em todo o estado.
“Quando você alia serviço e universidade, com base científica, chega aos profissionais e, por consequência, à população, levando informações corretas sobre a eficácia e segurança da vacina”, explicou.