Muitos líderes pensam assim: se não estou reclamando, é porque está tudo ótimo. Ou ainda: silêncio do líder é sinal de que o funcionário está no caminho certo. Engano fatal, viu? No mundo de hoje, o silêncio do líder é um dos maiores sinais de desengajamento — e, muitas vezes, um pedido de demissão disfarçado. O funcionário que não é visto e não é desafiado logo se sente irrelevante.
A comunicação não é apenas sobre corrigir o que está errado, é sobre validar o esforço e, principalmente, direcionar o crescimento. Um dado recente do LinkedIn corrobora isso: a principal razão pela qual os profissionais trocam de emprego não é o salário, mas a falta de oportunidades de desenvolvimento — e o desenvolvimento passa diretamente pela clareza e frequência do feedback.
O líder que se cala está dizendo, na prática: “Na verdade, você não é importante o suficiente para que eu invista meu tempo no seu crescimento.” O palestrante norte-americano Ken Blanchard tem uma frase que se encaixa perfeitamente aqui: “Feedback é o café da manhã dos campeões.” Quem não toma o café, não tem energia para a maratona.
O seu silêncio pode proteger você, líder, do trabalho chato do feedback — mas pode também custar a sua melhor performance e a retenção dos seus talentos.
Nos próximos dias, pare de focar apenas em quem está dando trabalho. Chame aquele funcionário que está no automático e mostre que você o vê e que se importa com a carreira dele. Quebre o silêncio, viu, líder?