Anel Rodoviário de BH: um lugar sempre perigoso

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Agência Transporta Brasil / Reprodução

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No último dia 29 de novembro, um ônibus perdeu o freio e causou um engavetamento no Anel Rodoviário, afetando diversos veículos e ferindo cerca de 20 pessoas, duas com ferimentos graves. Felizmente, este novo acidente não causou mortes.

O atual rodoanel, antigo e ultrapassado, é palco de acidentes frequentes, com centenas de mortes ao longo dos anos. Acidentes têm impactos negativos diversos, além das injustificáveis mortes, como perda de tempo para toda a sociedade, presa nos colossais engarrafamentos que se formam. Cargas que se perdem, consumo excessivo de combustíveis em veículos que não conseguem se locomover minimamente, emissão de gases poluentes, impactos na saúde física e emocional de muitos.

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A sociedade não entende por que o novo rodoanel não foi construído há décadas, quando o atual foi tomado pela urbanização lindeira, o fluxo de veículos sufocou sua capacidade de tráfego, e os acidentes vêm causando anualmente muitas mortes injustificáveis.

O novo Rodoanel já foi licitado pelo governo do Estado e será construído e operado pela empresa Rodoanel, subsidiária brasileira da empresa italiana INC SPA. Tem previsão de início das obras no primeiro semestre de 2025. Trata-se de um projeto estratégico que promete transformar a infraestrutura da região metropolitana.

Com um investimento robusto, a construção dessa nova via trará melhorias significativas, como redução do tráfego urbano, maior conectividade entre cidades e estímulo ao desenvolvimento econômico local. Do valor total de R$ 5 bilhões, R$ 3 bilhões são oriundos do acordo com a mineradora Vale pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Os outros R$ 2 bilhões serão investidos pela empresa vencedora do leilão.

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O Rodoanel de Belo Horizonte, com seus 100 quilômetros de malha rodoviária, ligará 11 cidades da RMBH. A primeira etapa da construção do Rodoanel BH será de um trecho de 70 km, interligando 8 municípios da Grande BH.

A primeira etapa das obras começa em Sabará, passando por Santa Luzia, Vespasiano e terminando na MG-424. O segundo trecho começa em Vespasiano, passa por São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves e termina em Contagem, na altura da BR-040. Por fim, o terceiro trecho engloba Contagem e Betim, terminando no contorno da BR-262.

O investimento permitirá implantar uma rodovia de classe 0, garantindo viagens seguras e rápidas. Reduzirá tempo de viagem em 30-50 minutos, tanto para mobilidade urbana quanto para transporte de cargas, além de reduzir fluxo de 5.000 caminhões na área urbana.

As obras permitirão que Minas Gerais entre em nova fase de logística de cargas, criando oportunidades de desenvolvimento. Para a economia da RMBH, o Rodoanel proporcionará:

– Aumento de 7% a 13% do PIB em dez anos;

– Crescimento da produção entre 0,8% e 1,3%;

– Geração de até 15 mil empregos;

– Expansão e desenvolvimento das cidades próximas.

Esta infraestrutura evitará:

– 200 óbitos;

– 1.000 acidentes ao ano;

– Redução de 30-50 minutos de trânsito;

– Menos 30% do tráfego central;

– Redução de 10% de emissão de CO2.

Apesar dos benefícios, as obras enfrentam críticas das prefeituras de Contagem e Betim. O governo avalia impactos sociais e ambientais. Estudos de diagnóstico ambiental estão sendo realizados pela FEAM.

O governo de Minas publicou decreto declarando de utilidade pública terrenos para construção do Rodoanel.

Que venha logo o novo Rodoanel!

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Enio Fonseca

Engenheiro Florestal especialista em gestao socioambiental. CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, Conselheiro do FMASE. Foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig. Membro do IBRADES , ABDEM, ADIMIN, da ALAGRO E SUCESU

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