A reconstrução da BR-319 é vital para acabar com o isolamento logístico do Amazonas, reduzir o custo de vida em Manaus e integrar a região ao resto do país. Mas para a ministra Marina Silva, esses benefícios parecem menos importantes do que manter intacta sua narrativa ambientalista radical.
Na recente audiência no Senado, a ministra teve a oportunidade de apresentar um plano técnico para viabilizar a obra com responsabilidade ecológica. Preferiu, no entanto, o caminho mais fácil: acusações infundadas contra parlamentares e um discurso alarmista que ignora quatro décadas de avanços em engenharia e gestão ambiental. Tudo isso coberto com muito vitimismo.
Enquanto países como Canadá e Noruega constroem estradas em florestas sem destruí-las – através de tecnologia, fiscalização e planejamento – o Brasil continua refém de um ambientalismo retrógrado que vê qualquer obra de infraestrutura como uma ameaça. O resultado? Manaus, uma metrópole de 2,2 milhões de habitantes, segue dependente de transporte fluvial caro e ineficiente, enquanto o narcotráfico e o garimpo ilegal prosperam justamente nas áreas onde o Estado não chega.
Marina Silva insiste em tratar a BR-319 como se fosse uma estrada qualquer, quando na realidade é uma questão de soberania nacional. Um estado com 4 milhões de habitantes não pode depender eternamente de aviões e barcos para se conectar ao resto do país. A ministra age como se o Amazonas fosse um santuário intocável, ignorando que ali vivem milhões de brasileiros que precisam de acesso a saúde, educação e comércio a preços justos.
É hora de deixar claro: ou o Ministério do Meio Ambiente começa a trabalhar para viabilizar obras estratégicas com responsabilidade, ou continuará sendo um entrave ao desenvolvimento do país. O verdadeiro ambientalismo não paralisa – ele concilia.